A intenção, segundo ele, é saber, de fato, quanto a Saúde da Capital está devendo. “Oficializamos na tarde de ontem um pedido em caráter de urgência”, disse em entrevista à imprensa na manhã desta terça-feira (14).
A medida é reflexo do desencontro de informações gerados após a intervenção estadual decretada pela Justiça. Durante o período de pouco mais de uma semana que comandou a Secretaria, o interventor Hugo Fellipe Lima detectou um rombo de mais de R$ 356 milhões na pasta.
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), contudo, rebateu dizendo que a dívida do setor é de “apenas” R$ 212 milhões. “Fomos a fundo ver essa situação e ele [prefeito] tem razão, sim, ele menciona que os valores são apenas de 2020 e 2021, mas ele não contabilizou o ano de 2022”, observou o vereador.
Para Luiz Fernando, caso a intervenção se perdurasse, o rombo descoberto seria maior. “Ou seja, o interventor ficou lá somente por sete dias e apontou uma dívida R$ 356 milhões. Se ele ficasse lá pelo menos até o [presente] momento, com certeza essa dívida de 2022 ultrapassaria os 356 milhões de reais”, completou.
Diante disso, o vereador ainda insinua que o dinheiro foi usado na campanha eleitoral do ano passado, tendo em vista que o filho do prefeito, o deputado federal Emanuelzinho Pinheiro (MDB) foi candidato à reeleição, e a primeira-dama Marcia Pinheiro (PV) disputou a eleição ao Governo do Estado.
“Ano passado foi ano eleitoral, onde o filho foi candidato, a esposa foi candidata e tem inúmeras dispensas de licitação, saques de dinheiro não prestado contas”, aponta.
Por fim, o parlamentar afirma que pretende solicitar a mesma auditoria ao Ministério da Saúde. “Pretendo, nos próximos dias, ir até a Brasília, no Ministério da Saúde, e pedir que se faça auditorias nas contas da secretaria de Saúde de Cuiabá”, finalizou.
Fonte: leiagora