O deputado federal afirmou, nesta quinta-feira, 18, que a operação da Polícia Federal que mirou o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy, foi contra todos os parlamentares que o congressista representa.
“Trata-se de mais um ataque à democracia e ao Estado de Direito”, resumiu van Hattem. “O Congresso Nacional já está de joelhos diante do consórcio Lula-STF. Terá de tomar enérgicas atitudes contra mais esse abuso de autoridade com clara intenção intimidatória e de natureza persecutória. É um atentado contra o Parlamento.”
Adiante, Van Hattem cobrou um posicionamento dos presidentes Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. “A alternativa é admitirem, por omissão ou até por colaboração, que suas cadeiras estão sendo ocupadas por quem não tem condições de cumprir com as responsabilidades constitucionais que lhes são inerentes”, disse o parlamentar.
Para Van Hattem, “a ditadura no Brasil já é indisfarçável”. De acordo com o congressista, cabe a Lira e Pacheco darem satisfação aos seus representados de que, “apesar de indisfarçável, a ditadura em que nos encontramos não é incontornável”.
A operação de hoje da Polícia Federal a mando de Alexandre de Moraes não foi contra o deputado federal Carlos Jordy: foi contra toda a oposição da qual ele é o líder e é mais uma ataque à democracia e ao Estado de Direito.
A Câmara e o Congresso, já de joelhos diante do…
— Marcel van Hattem (@marcelvanhattem) January 18, 2024
Agentes da PF foram à Câmara dos Deputados e à residência do parlamentar, nesta manhã, para cumprir mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na casa de Jordy, a PF apreendeu uma arma, celulares, notebook e passaporte.
Nas redes sociais, o congressista se manifestou. “É inacreditável o que nós estamos vivendo”, disse. “Esse mandado de busca e apreensão que foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, isso aí é a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura.”
Conforme Jordy, em momento algum, ele incitou o 8 de janeiro ou falou para as pessoas que o movimento era correto.
“Em momento algum estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos”, afirmou. “Nunca apoiei nenhum tipo de ato, tanto anterior ou depois no 8 de janeiro. Embora as pessoas tivessem todo o seu direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito.”
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Fonte: revistaoeste