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Política

USP culpa ‘lábios finos’ ao recusar matrícula por cota: polêmica racial na universidade

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A Universidade de São Paulo () explicou à Justiça os motivos de ter negado a vaga ao Alison dos Santos Rodrigues, aprovado em medicina por meio da cota para pretos, pardos e indígenas. .

Segundo a universidade, os motivos foram estes: “boca e lá finos”. Além disso, a USP alega que Rodrigues tem pele clara e “se apresentou com o cabelo raspado” — o que impediu a bancada de identificá-lo adequadamente. 

A USP também afirma que o candidato “foi submetido a procedimento bastante criterioso” para a avaliação, com múltiplas conferências e bancas diferentes. 

Os critérios definidos pelo Supremo Tribunal (STF) sobre os aspectos de pretos e pardos a serem considerados nos processos seletivos são:

  • Textura do cabelo (crespo ou enrolado);
  • Nariz largo;
  • Cor da pele (parda ou preta); e
  • Lábios grossos e amarronzados.

Ao longo deste ano, a USP tem tido alguns problemas com candidatos que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas. De janeiro a ço, . 

Glauco Dalalio do Livramento, um dos postulantes rejeitados, . A defesa dele disse que o procedimento de averiguação pela USP foi inconstitucional. 

USP
Glauco Dalalio do Livramento, um dos postulantes rejeitados, entrou com uma ação judicial contra a universidade depois de perder a vaga | Foto: /USP

A política de cotas da USP aloca 50% de suas vagas de graduação para estudantes da rede pública. Dessas, 37% são especificamente para candidatos pretos, pardos e indígenas. 

Em nota, a instituição defendeu seu modelo de cotas. “O desenho da política tem revelado a sua eficácia, respondido às e mostrado que os critérios acordados não se confundem com um tribunal racial, mas com a efetividade de uma política pública fundamental para o ”, argumentou. 

Fonte: revistaoeste

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