Esse é um dos principais assuntos nos corredores do Edifício Dante de Oliveira, nesta quarta-feira (12), mesmo dia no qual o parlamentar estadual anunciou que vai se licenciar do mandato para cuidar da saúde e também trabalhar na viabilidade de uma eventual candidatura a prefeito de Cuiabá em 2024.
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Isso porque o presidente da ALMT estaria insatisfeito com uma postura do União de, após pesquisas terem apontado o parlamentar estadual com maior intenção de votos que Fabio Garcia, outras lideranças da sigla terem dito que outros fatores serão levados em consideração na hora do partido definir o candidato.
Ou seja, não há um critério objetivo no qual Botelho possa se amparar para vencer a disputa interna contra Garcia. Vale lembrar que o deputado federal e presidente da comissão estadual provisória do União Brasil é do grupo político do governador Mauro Mendes (União), enquanto o presidente da ALMT é visto como líder de um grupo aparte.
No União Brasil, o grupo de Mauro Mendes detém o controle da executiva da sigla, mas divide o poder com o grupo dos irmãos Campos (o senador Jayme e o deputado estadual Júlio), o grupo do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (União) e com o grupo de Botelho.
Proposta do PSD
A primeira proposta concreta avaliada por Eduardo Botelho é a do PSD, liderado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, maior expoente político de Mato Grosso que faz parte do atual governo federal, da gestão Lula (PT), e de fora do grupo do governador Mauro Mendes.
Caso migre para a sigla, Botelho teria o apoio da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) na candidatura a Prefeitura de Cuiabá, podendo escolher por ter o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) ou a ex-deputada federal Rosa Neide (PT) como eventual candidato a vice na eleição de 2024.
Essa ida de Botelho ao PSD, no entanto, poderia enfrentar resistência do União Brasil, uma vez que o deputado precisa da liberação do partido para trocar de sigla sem perder o mandato. Nesse caso, como iria para uma sigla que está em um campo político independente em relação a gestão estadual, poderia não receber a liberação.
Proposta do PSB
Botelho também recebeu convite do presidente do PSB em Mato Grosso, deputado Max Russi, para migrar para a sigla com carta branca para construir candidatura a Prefeitura de Cuiabá e ainda levar todo o grupo político e discutir candidaturas no interior de Mato Grosso.
Nesse caso, Botelho até poderia tentar articular uma aliança com o PSD e com a Federação Brasil da Esperança, mas se manteria em um partido da base aliada do governador Mauro Mendes. Com isso, poderia conseguir a liberação para trocar de sigla, sem perder o mandato, com maior facilidade.
No PSB Botelho teria acesso a uma outra gama de partidos, como PSDB, Cidadania e MDB, além do apoio quase automático de nomes com boa inserção no público cuiabano, como deputado Beto Dois a Um (PSB), do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Allan Kardec (PSB), e do empresário Helcio Ramos (PSB).
“Longo” prazo
Contudo, essa definição só deve acontecer após julho 2023 e ser concretizada totalmente no primeiro trimestre de 2024. Primeiro, a definição ocorrerá informalmente, e as novas filiações articuladas por Botelho tendo em vista as eleições do próximo ano serão feitas já no futuro partido do presidente da ALMT.
E somente em 2024 Botelho devera seguir para um novo partido, já tendo em vista a proximidade das eleições e o andar do cenário político estadual e de Cuiabá, no qual ele fará uma analise de quem conseguiu viabilizar candidatura e será virtual adversário ou aliado.
Fonte: leiagora