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Política

Tribunal permite desmonetização da Jovem Pan pelo Sleeping Giants

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Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) rejeitou um pedido de liminar da Jovem Pan para suspender a campanha de desmonetização do Sleeping Giants contra a emissora. Mais de 60 intimidadas pelo grupo cancelaram seus contratos com a companhia.

Os desembargadores do TJ-SP afirmaram que as anexadas nos autos do processo ainda são frágeis. “Não permitem uma constatação minimamente segura das alegações da emissora, muito menos para autorizar, liminarmente, medidas de difícil reversão, como a retirada de todos os conteúdos”, argumentou na decisão o desembargador Gilson Miranda, relator do processo.

Miranda sustentou que será necessário aguardar o desenrolar do processo e que o julgamento do mérito ocorrerá no momento oportuno.

Na defesa apresentada à Justiça, o Sleeping Giants disse que a campanha tem o objetivo de “alertar empresas” que suas marcas estão sendo anunciadas em conteúdos que podem não ser condizentes com seus valores.

Depois da decisão, o grupo comemorou no Twitter. “Ódio, desinformação e ataques à democracia não devem ser monetizados”, publicou o Sleeping Giants, sobre a Jovem Pan.

Intimidação do Sleeping Giants contra a Jovem Pan

A Jovem Pan não é a única a se tornar alvo dos extremistas. Em julho de 2021, o Sleeping Giants mobilizou cerca de 200 empresas a tomarem medidas contra supostos ataques homofóbicos do apresentador Sikêra Jr., na RedeTV!. A lista de patrocinadores que retiraram a verba do programa incluiu BMW, Ford, Tim, Samsung e Caixa Econômica Federal.

Em novembro de 2020, o movimento de esquerda perseguiu anunciantes do jornal Gazeta do Povopara asfixiar a publicação. Além disso, o Sleeping Giants fez parte de uma campanha na internet pela demissão do jornalista Rodrigo Constantino, colunista da Revista Oeste e da Gazeta.

O método do Sleeping Giants funciona principalmente nas redes sociais. Os administradores do movimento “marcam” o perfil das empresas e pedem que deixem de anunciar no veículo até terem sua demanda atendida. Os anunciantes cedem, ao pensar que podem estar à beira de uma crise de imagem.

Leia também: “Começou a vingança”, reportagem publicada na Edição 137 da Revista Oeste

Fonte: revistaoeste

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