A Controladoria-Geral da União () encontrou material esportivo superfaturado no instituto do ex-jogador Léo Moura. Entre junho de 2020 e abril de 2022, o projeto recebeu aproximadamente R$ 45 milhões em repasses da Secretaria Especial do Esporte. À época, a pasta pertencia ao Ministério da Cidadania.
O Ministério do Esporte afirmou ao portal g1 que determinou a suspensão imediata da liberação de recursos e de novas parcerias com o instituto.
De acordo com o CGU, o dinheiro foi destinado à implantação e ao desenvolvimento de núcleos do projeto “Passaporte para a Vitória”, que pertence ao Instituto Léo Moura Sports. O programa é realizado em cidades do Rio de Janeiro, do Amapá, do Pará e do Acre.
“Concluiu-se que houve fragilidades nos procedimentos de concessão dos recursos e no acompanhamento da execução dos termos de fomento, irregularidades na contratação e na execução, pelo Instituto Léo Moura Sports, dos objetos dos quatro termos analisados, resultando em sobrepreço (SO) e superfaturamento (SF)”, denuncia o relatório da CGU, publicado nesta segunda-feira, 26.
Criado em 2016, o projeto instala escolinhas de futebol em diferentes cidades. Isso inclui a contratação de profissionais e a compra de material esportivo.
Por causa dos superfaturamentos, a CGU recomendou ao Ministério do Esporte que:
- Suspendesse pagamentos relativos aos projetos e cobrasse do Instituto Léo Moura Sports R$ 2,7 milhões “em decorrência de superfaturamento”;
- Identificasse em todos os termos de fomento celebrados com o Instituto os itens em que foi constatado o sobrepreço para obter ressarcimento; e
- Abrisse processo administrativo para avaliar o descumprimento dos planos de trabalho.
Fonte: revistaoeste