Por Esportes & Notícias
O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), questionou na manhã desta sexta-feira (25), porque o governo do estado quer tratar Cuiabá de forma diferenciada, e tocar as obras de asfaltamento de 11 bairros na cidade, enquanto nos outros 140 municípios do estado, o recurso para o asfaltamento foi liberado direto no caixa das prefeituras para que elas tocassem as obras.
A provocação foi feita, após o deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) realizar uma audiência pública na Assembleia Legislativa cobrando uma medida ou solução do problema de 11 bairros, cujo o governo autorizou a liberação de R$ 55 milhões para asfaltar as ruas dos bairros Altos da Boa Vista, Campo Verde da Esperança, Jardim Aroeira, Jardim Fortaleza, Novo Horizonte, Novo Milênio, Novo Tempo, Osmar Cabral, Parque Amperco e Tancredo Neves.
No entanto, as obras até o momento não saíram do papel devido a um imbróglio entre o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o governador Mauro Mendes (União).
“O que impede o estado de passar os recursos para a prefeitura, sendo que ele passou os recursos para 140 municípios. Porque Cuiabá tem que ter outro tratamento? Eu me coloquei à disposição como secretário que se quiser chamar Ministério Público para acompanhar, se quiser chamar todo o poder judiciário, se quiser acompanhar tudo e que a fiscalização seja do governo do estado. Estamos abertos ao diálogo, e o que não pode é tratar 140 municípios de uma forma e tratar um de forma diferenciada. A nossa discussão é essa, autorizamos e queremos o asfalto, queremos Cuiabá 100% asfaltada e brigamos por Cuiabá 100% asfaltada, mas o que peço como secretário é tratamento igualitário”, declarou.
Na audiência, o governo do estado encaminhou a superintendente de Gestão de Pavimentação Urbana da Sinfra, Keith Prado, enquanto o município não encaminhou ninguém para o debate. O vice-prefeito explicou que a ausência é porque o município só vai conversar com o governo ou algum representante, para que se chegue a um concenso.
“Estamos disposto a sentar com o estado e fazer tudo que o estado quiser a nível de transparência. Se o estado dizer que só aceitar passar o dinheiro se a fiscalização for 100% do estado, a gente aceita, se for preciso que o Ministério Público acompanhe a gente aceita, tribunal de contas a gente aceita e estou aberto como secretário a me sujeitar a todo e qualquer tipo de fiscalização. Nós queremos conversar com o governo, e o governo no momento está chamando os presidentes [de bairros] e dizendo olha não asfalto Cuiabá porque a prefeitura não autoriza, e só não está dizendo para os presidentes, que Cuiabá está tendo um tratamento diferente, e estou disposto a conversar com representante do governo, garantido a transparência da aplicação dos recursos”, detalhou.
Por fim, Stopa argumentou que espera que a briga entre Mauro e Emanuel não interfira mais no desenvolvimento de Cuiabá, e que essa rivalidade precisa ser superada para que o município desenvolva.
“Eu sinceramente espero que isso [rusga entre prefeito e governador] seja superado nos próximos dias. Nenhum governo, ninguém é maior que Cuiabá, ninguém é maior que Mato Grosso, as pessoas têm que superar isso, seja da parte do governador, do prefeito que seja superado e que fique claro, ninguém quer mais asfaltar Cuiabá do que eu, enquanto vice-prefeito, enquanto secretário de obras. Eu não estou discutindo briga, ou quem é certo ou errado eu quero tratamento igualitário para todos os municípios, o que não pode é Cuiabá ser marginalizada”, concluiu.
Mesmo com a narrativa de trégua, Stopa alega que os bairros não serão asfaltados nos moldes propostos pelo governo de Mato Grosso.
Requerente da audiência pública, o deputado Elizeu Nascimento declarou que fará um documento para recolher a assinatura de todos os deputados estaduais pedindo que o prefeito de Cuiabá autorize o Governo do Estado a realizar as obras. “São obras de relevância, que vão mudar a vida das comunidades. Os políticos têm de ter comprometimento e responsabilidade com a população”, reforçou o parlamentar. Ele solicitou aos moradores que também façam um abaixo assinado. Nascimento afirmou ainda que pode levar a discussão para outras instâncias caso o governo estadual e a prefeitura não se entendam.
Fonte: esportesenoticias