O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) formulou pedido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que afaste o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Fernando Appio, responsável pelos processos da Lava Jato. A representação, motivada por prática de condutas com viés político-partidário, foi feita na quarta-feira, 1º, segundo o senador.
Em uma postagem no Twitter, Flávio lembra que o juiz usava o login LUL22 para ingressar nos processos eletrônicos do sistema e-proc, da Justiça Federal. O magistrado confirmou o uso do login, entre 2021 e o início de 2022, mas negou relação com Lula.
Para o senador, Appio não tem imparcialidade para prosseguir no cargo.
Hoje, abri representação contra juiz da Lava-Jato que assinava LUL22 em processos eletrônicos.
A venda nos olhos da deusa da Justiça, que está exposta na Praça dos Três Poderes e que representa a nossa justiça, significa imparcialidade, tudo o que esse juiz não era. pic.twitter.com/R3a4otMzhl— Flavio Bolsonaro #B22 (@FlavioBolsonaro) March 1, 2023
Também consta do sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que Appio doou R$ 13 para a campanha de Lula e R$ 40 para a campanha da deputada estadual do Paraná, Ana Júlia Ribeiro, também filiada ao PT. O magistrado negou que tenha feito qualquer depósito para candidatos na eleição passada e disse que seus dados bancários comprovam sua afirmação.
Em razão dessas doações, um grupo de deputados de oposição enviou notícia-crime à Polícia Federal na qual pede a abertura de inquérito para apurar doações feitas em nome de Appio. Como o juiz nega as doações, os deputados querem saber “se laranjas fizeram as doações”. “Se for verdade que ele não fez as doações, estamos diante de possível esquema ilegal de financiamento de campanha, utilizando dados de terceiros sem consentimento”, afirmou o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), em uma postagem no Twitter na segunda-feira 27.
Fonte: revistaoeste