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Política

Secretário de Segurança de SP quer revogar veto de Lula sobre ‘saidinhas’: entenda a polêmica

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O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, licenciado Guilherme Derrite (PL-SP), trabalha nos bastidores para derrubar o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao , que acaba com as saídas temporárias de presos durante feriados, as chamadas “saidinhas”.

Relator da proposta na Câmara, Derrite chegou a conversar com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), depois que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou o veto do presidente.

Conforme apurou , o secretário de Segurança pretende vir a Brasília nesta semana. A ideia é que ele converse ainda com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Para a quinta-feira 18, está prevista a realização de uma sessão do Congresso Nacional para análise dos vetos presidenciais. No entanto, por não trancar a pauta, o PL das “saidinhas” só pode ser analisado mediante a um acordo entre os líderes.

A ideia de Derrite é trabalhar para que o veto ao texto seja derrubado na sessão em questão. Como mostrou , alguns líderes do Congresso também pressionam para que isso ocorra ainda nesta semana. Contudo, cabe a Pacheco a decisão final.

O presidente Lula vetou o trecho do PL das “saidinhas” que proibia a saída dos detentos para visitar suas respectivas famílias.

“Entendemos que a proibição da visita às famílias dos presos, que se encontram o regime semiaberto, atenta contra valores fundamentais da Constituição, o princípio da dignidade da pessoa humana e individual”, disse Lewandowski.

Horas antes do anúncio de Lewandowski, Pacheco sinalizou que o Congresso não concordaria com um eventual veto sobre o tema.

“Há uma opção do Congresso Nacional relativamente a essas saídas temporárias, que é um instituto que deve ser restringido, especialmente para aquelas situações em que isso gere algum tipo de incapacidade para a ressocialização do preso”, disse Pacheco. “Não pode ser algo banalizado, que todos aqueles tenham acesso, porque de fato é muito recorrente a reincidência de crimes por aqueles que estão em saída temporária.”

O texto ganhou força depois que o agente PM Dias (MG). Dias morreu.

A proposta mantém a saída temporária apenas aos presos em regime semiaberto que usem o benefício para realizar um curso supletivo profissionalizante ou de instrução do ensino médio ou superior.

“Nesse caso, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes’”, continuou o relatório. “Além disso, propõe que esse benefício, bem como o trabalho externo sem vigilância direta’, não seja concedido ao condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo ou com violência, ou grave ameaça contra pessoa.”

A legislação brasileira, atualmente, já nega a “saidinha” a condenados por crimes hediondos com morte como resultado. O texto aprovado busca aumentar essa restrição aos casos de crimes cometidos com violência ou grave ameaça.

O PL das Saidinhas também prevê o exame criminológico, que alcança questões de ordem psicológicas e psiquiátricas, como requisito para a progressão de regime.

As “saidinhas” são concedidas pela Justiça a presos do sistema semiaberto que já cumpriram pelo menos um sexto da pena, no caso de réu primário, e um quarto da pena, em caso de reincidência, entre outros requisitos.

Fonte: revistaoeste

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