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Política

Rubinho Nunes ganha apoio em nova fase da CPI contra Lancellotti: mais assinaturas conquistadas

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O vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil) começou a colher novas assinaturas para o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Júlio Lancellotti. O parlamentar falou sobre o assunto na tarde desta terça-feira, 12, diretamente do plenário da .

Ao discursar na tribuna da Casa, Nunes avisou que o recolhimento de assinaturas se dá pela mudança do escopo da eventual futura comissão. Inicialmente, a ideia era investigar a atuação de organizações não governamentais (ONGs) na , região central da capital paulista tomada por usuários de drogas. O foco da CPI, contudo, mudou. Assim, a ideia é apurar denúncias de assédio sexual contra Lancellotti.

“No acordo que foi feito no colégio de líderes da última semana sobre a CPI que investiga as ONGs, foi ajustado o escopo”, disse Nunes. “O que enseja uma nova coleta de assinaturas, que iniciei hoje.”

O político do União Brasil disse que já tem 16 das 19 assinaturas necessárias para protocolar o requerimento de pedido de CPI contra o líder religioso, que há décadas é o pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, bairro da zona leste da cidade de São Paulo.

Durante a sessão plenária desta terça-feira, Nunes fez questão de agradecer alguns colegas que já assinaram o novo requerimento. Rute Costa (PSDB), João Jorge (PSDB), Cris Monteiro (Novo) e Eli Corrêa (União Brasil) foram os vereadores mencionados. “Os senhores têm o meu respeito e o meu agradecimento.”

rubinho nunes - discurso sobre cpi contra padre júlio lancellotti
Vereador Rubinho Nunes (União Brasil) Durante Discurso Na Tribuna Da Câmara Municipal De São Paulo — 12/3/2024 | Foto: Reprodução/Youtube/@Camarasaopaulo

Nos minutos em que falou na tribuna do plenário da Câmara Municipal de São Paulo, Nunes indagou colegas da esquerda. De acordo com ele, apoiar a instalação da CPI representa marcar posição contra crimes como assédio e abuso sexual.

“Qual a necessidade de blindar um sujeito?”, indagou o vereador paulistano. “Se o trabalho dele é tão correto, se o que ele faz é tão ilibado, se não era ele naquele vídeo se masturbando, se o depoimento da vítima não era ele, por que não investigar? O que querem esconder? O que as ONGs que estão ao redor dele representam? É estranho. Por que defendem uma pessoa acusada de estupro? Por que defendem alguém acusado de abusar sexualmente de vulnerável?”

O vídeo que Nunes mencionou é o que contou com . Conforme noticiou com exclusividade, o trabalho pericial, que contou com 79 páginas, atestou que era o padre Júlio Lancellotti o homem que aparecia se masturbando para um garoto menor de idade. As cenas datam de fevereiro de 2019. Em 2020, o perito Onias Tavares de Aguiar já havia atestado a veracidade do material.

Na nova versão do pedido de instalação da CPI contra Lancellotti, Nunes ressalta que a intenção do colegiado, caso venha a prosperar, vai ser “apurar violações à dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo”. O site da CNN Brasil foi o veículo responsável por divulgar informações nesse sentido.

Lancellotti passou, a saber, a ser alvo de denúncias de assédio e abuso sexual. Ex-coroinha da Paróquia São Miguel Arcanjo, o jornalista Cristiano Gomes afirmou que foi assediado pelo padre em 1987, ocasião em que tinha apenas 11 anos. .

A denúncia de Gomes . Em 9 de fevereiro, o jornalista conversou por duas horas com o padre Ricardo Cardoso, na divisão do Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo. Por ora, o órgão religioso não deu um parecer sobre as investigações.

O ex-coroinha não é, no entanto, a única pessoa a denunciar Lancellotti por crime de cunho sexual. Também de forma exclusiva, registrou, no início deste mês, . O homem, que a saber tem a identidade mantida sob sigilo, alega que sofreu abuso sexual por parte do pároco. Conforme a denúncia, o crime ocorreu durante um tempo — e com atos semanais.

Fonte: revistaoeste

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