Uma reunião na terça-feira 21 entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, teve discussões acaloradas, informou a coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.
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Fontes disseram à jornalista que as desavenças públicas entre Silveira e Prates ficaram ainda mais evidentes na reunião. Lula, segundo a coluna, pouco interferiu.
O principal motivo do desentendimento é o preço dos combustíveis. Silveira e Costa pressionam Prates a reduzir o valor cobrado pela gasolina e óleo diesel, já que os preços da Petrobras estão acima da cotação internacional dos produtos.
Nas contas de Silveira já seria possível reduzir em R$ 0,10 o preço da gasolina, em R$ 0,40 o do diesel e em R$ 0,49 o do querosene de aviação.
Prates, porém, considera que não é possível repassar ao consumidor toda a queda no preço do barril de petróleo. Para ele, é preciso compensar as perdas acumuladas enquanto a companhia segurou os preços. Apenas Fernando Haddad se mostrou favorável à posição de Prates, informou a coluna de Malu Gaspar.
A reunião não foi conclusiva, e os ministros devem voltar a se reunir com Lula nesta quarta-feira, 22.
Desavenças públicas entre presidente da Petrobras e ministro começaram há uma semana
As desavenças públicas entre Patres e Silveira começaram na sexta-feira 17, quando, em entrevista, Silveira disse à GloboNews que estava na hora de “puxar a orelha” de Prates para que baixasse os preços, o que poderia ajudar a reduzir a inflação.
O presidente da estatal respondeu com uma mensagem no Twitter/X. “Não faz sentido agir por impulso ou açodamento”, escreveu ele. “Canso de repetir: a Petrobras não ‘faz’ o preço do mercado. Portanto, a Petrobrás fará ajustes quando e como tais parâmetros indicarem pertinência.”
Ele também afirmou que, para o ministério de Silveira “orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente”, será necessário seguir tanto a Lei das Estatais como as regras do Estatuto Social da companhia.
Em razão disso, informa o jornal, Silveira e Costa . Já o presidente da Petrobras tenta atrair o apoio dos conselheiros minoritários.
Fonte: revistaoeste