O governador do rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), estima que a reconstrução das áreas atingidas pelas enchentes no Estado pode levar de seis meses a mais de um ano. Ele deu a declaração neste sábado, 25, em entrevista ao Jornal Nacional.
Segundo Eduardo Leite, esse prazo pode se estender ainda mais. Isso porque a reconstrução depende da complexidade das obras. Disse também que o governo encaminhou a construção de casas para famílias de baixa renda que perderam suas moradias.
“A gente está já encaminhando a construção de casas definitivas, em modos construtivos rápidos, que são, por exemplo, blocos de concreto, sempre olhando terrenos que não tenham sido atingidos pelas inundações”, afirmou Eduardo Leite.
Para ajudar no mapeamento das áreas afetadas, a Defesa Civil utiliza drones e imagens de satélite. Até agora, 224 dos 469 municípios atingidos já foram mapeados.
O tenente-coronel da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, Rafael Luft, enfatizou a importância deste mapeamento para estabelecer um diagnóstico preciso da destruição, incluindo casas, escolas, creches e unidades básicas de saúde.
O ministro Paulo Pimenta, líder da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, anunciou um programa do governo federal que facilitará a reconstrução de casas para famílias com renda mensal de até R$ 4,4 mil.
O programa envolve o cadastramento pelas prefeituras, a destinação de terrenos e a aquisição de imóveis usados, além de incluir imóveis de leilões da Caixa Federal e do Banco do Brasil e novas construções da iniciativa privada.
Recentemente, foi sancionada uma lei estadual que institui um plano de reconstrução para o Rio Grande do Sul. A iniciativa cria um fundo para ações emergenciais e de reconstrução, além do planejamento futuro do Estado.
Eduardo Leite destacou que essa lei garantirá maior transparência na transferência de recursos para diversas frentes, incluindo apoio à iniciativa privada e reconstrução de infraestrutura.
As enchentes já causaram 169 mortes confirmadas e afetaram mais de 2,3 milhões de pessoas. É o pior desastre climático da história do estado.
Atualmente, 581.638 pessoas estão desalojadas e 61 ainda estão desaparecidas. O Lago Guaíba atingiu 4,09 metros no Cais Mauá, ultrapassando a cota de inundação e causando alagamentos em bairros da zona sul de Porto Alegre.
Maio de 2024 foi registrado como o mês mais chuvoso na capital desde o início das medições, em 1910.
Fonte: revistaoeste