O deputado federal vai prestar depoimento no dia 27 de fevereiro na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília. Pré-candidato a prefeito do rio de Janeiro, ele é um dos alvos da operação que investiga a suposta formação de uma “Abin paralela” no governo de Jair Bolsonaro.
Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de 2019 e 2022, foi alvo de buscas e apreensão da PF no dia 25 de janeiro, no âmbito da Operação Vigilância Aproximada. A ação está relacionada a um suposto monitoramento ilegal conduzido pela agência.
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Durante o período em que o deputado esteve à frente da Abin, o programa First Mile teria sido supostamente usado para monitorar a localização de políticos, jornalistas, advogados e opositores do ex-presidente Bolsonaro.
De acordo com a PF, a agência teria sido “instrumentalizada” para realizar ilegalmente o monitoramento de diversas autoridades e pessoas envolvidas em investigações.
O segundo filho mais velho do ex-chefe do Executivo, vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), também foi alvo da operação da PF que busca investigar o suposto uso ilegal da Abin.
A operação de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Alexandre de Moraes tanto para a residência quanto para o gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Além disso, a operação também foi a uma residência da família Bolsonaro na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ).
A autorização para a busca teve como base uma troca de mensagens entre Luciana Almeida, assessora do gabinete de Carlos, e Priscilla Silva, assessora de Ramagem. Na conversa, Luciana escreve que está precisando de “ajuda”. Na sequência, ela menciona o nome de uma delegada da PF e cita inquéritos “envolvendo PR e 3 filhos”.
Fonte: revistaoeste