A popularidade da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, sofreu uma queda significativa, conforme pesquisa recente da Genial/Quaest.
Em fevereiro de 2023, Janja era vista positivamente por 41% dos brasileiros; esse índice caiu para 22% em dezembro de 2024. A pesquisa também revela que 28% dos entrevistados têm uma visão negativa dela, enquanto 30% a veem de forma regular.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal Folha de S.Paulo, essa mudança no cenário preocupa lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), que avaliam o potencial impacto dessa queda na imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP).
No entanto, para os membros do partido, o problema ainda se restringe à própria primeira-dama e não representa uma crise imediata.
Janja, que buscava um papel de destaque ao lado de Lula, tentou reposicionar sua imagem ao se envolver em causas mais sérias, como o combate à fome.
Contudo, sua ambição de influenciar a comunicação do governo fica comprometida, já que enfrenta dificuldades para gerir a própria imagem.
A preocupação é que, em um cenário econômico desfavorável, a antipatia por Janja possa se transformar em um alvo estratégico para a oposição.
Essa situação poderia ser explorada para atingir o presidente, especialmente em momentos em que o governo enfrenta crises econômicas.
Os gastos da primeira-dama em viagens e com assessores são vistos como pontos que a oposição pode usar para desgastar o governo.
Especialistas em comunicação que assessoram o governo sugerem que parte da queda de popularidade de Janja pode ser atribuída a um tom percebido como arrogante em suas declarações públicas.
A popularidade de Janja é inferior à de Lula, mesmo que com o governo mantenha certa estabilidade nas pesquisas.
A pesquisa destaca que a queda de popularidade foi mais acentuada entre os jovens de 16 a 34 anos, caindo de 41% para 18% em dois anos. Entre os brasileiros com mais de 60 anos, Janja mantém uma aprovação de 27%.
No início do governo, Janja tinha o apoio de 46% das mulheres, mas esse apoio caiu para 24% em 2024, refletindo uma perda de 22 pontos porcentuais. A expectativa do PT é que, se o cenário econômico piorar, a oposição explore esses pontos fracos para pressionar o governo.
Fonte: revistaoeste
