Sophia @princesinhamt
Política

Projeto de lei propõe que Netflix invista R$ 105 milhões em produções de filmes e séries voltadas para temas progressistas

2024 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O Projeto de Lei (PL) 8889/17, que deve ser votado na semana de 6 de novembro, fará a Netflix investir cerca de R$ 105 milhões em produções de filmes e séries de esquerda caso seja aprovado.

O valor se baseia nas cotas de investimento estabelecidas pela legislação em comparação com a receita total da Netflix, líder do mercado de streaming. A empresa faturou aproximadamente US$ 4,07 bilhões na América Latina em 2022, segundo a Statista, plataforma alemã especializada em dados.

Estima-se que metade do montante seja gerado no mercado brasileiro. Mas a proposta iria afetar todas as empresas do mercado, como , Disney+, Globoplay,  HBO Max e Apple TV.

Com regime de urgência aprovado em 16 de agosto, o projeto relatado por André Figueiredo (PDT-CE) determina que 1% do faturamento bruto das empresas de streaming seja usado em produções “identitárias”. E 5% em produções “independentes”. 

No total, as produções nacionais teriam ao menos 10% do faturamento das plataformas para investimento, algo próximo a R$ 1 bilhão só no caso da Netflix.

Um exemplo de produção beneficiada seria Sintonia, disponibilizada pelo próprio gigante do streaming. A série tem em seu elenco principal a atriz Júlia Yamaguchi, filha do autor do projeto, , deputado petista que agora atua como ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do governo Lula.

O que diz o projeto que quer obrigar a Netflix a investir em produções de esquerda

netflix esquerdanetflix esquerda
Autor Do Projeto, Paulo Teixeira Tem Uma Filha Que Atua Em Série Da Netflix | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O PL define que as empresas de streaming teriam de investir 10% do faturamento bruto anual em conteúdos audiovisuais que “constituem espaço qualificado”. 

Ele determina que 10% desse investimento compulsório, isto é, 1% de todo faturamento da plataforma, deverá ser destinado a conteúdos brasileiros de “produtora indentitária”, empresas com no mínimo 51% de capital em mãos de “grupos incentivados”.

 Os “grupos incentivados” são definidos pelo projeto como: “mulheres; negros, , quilombolas, povos e comunidades tradicionais, conforme autodeclaração; pessoas com deficiência; e grupos em situação de vulnerabilidade social com reduzido acesso a serviços e meios de criação, formação, produção, registro, fruição e difusão cultural, que requeiram maior reconhecimento e proteção de seus direitos sociais e culturais.”

Os outros 50% serão destinados a produções “independentes”. E 30% para produtoras estabelecidas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

PL do Netflix deixará streaming mais caro para o consumidor

esquerda netflix 2esquerda netflix 2
André Figueiredo (Pdt-Ce) É O Relator Do Projeto Que Vai Deixar A Netflix Mais Cara | Foto: Câmara Dos Deputados

O PL 8889/17 também amplia a carga tributária não apenas de empresas como Netflix e Prime Video, mas também de plataformas que dão acesso gratuito aos usuários, como o YouTube.

As plataformas teriam de fazer repasses à Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine). Empresas com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões não pagarão a taxa, já as com receita bruta anual acima de R$ 70 milhões devem pagar até 4%.

Essa cobrança pode deixar os valores das assinaturas mais caros para os usuários, podendo reduzir também os lucros dos produtores de conteúdo. Nos bastidores da discussão no , especialistas estimam que as assinaturas poderão ficar, no mínimo, 14% mais caras: 4% do imposto, mais 10% da produção nacional.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.