O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, ignorou o pedido do secretário-geral da , Luis Almagro, para solicitar ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, a prisão do ditador Nicolás Maduro.
Saab reafirmou que a Venezuela mantém um acordo de cooperação com o Tribunal Penal Internacional e que o país o cumpre rigorosamente. A Venezuela é o único país das Américas sob investigação do TPI. O tribunal acusa o governo de crimes contra a humanidade durante protestos antigovernamentais, entre 2014 e 2017.
Em entrevista coletiva, Saab reiterou acusações contra opositores. O procurador-geral alegou que eles orquestraram atos de violência para sabotar o processo eleitoral do último domingo, 28. Segundo ele, essas ações resultaram na destruição de escolas, sedes policiais e monumentos históricos.
Até agora, o Ministério Público registrou 80 policiais e militares feridos e mais de mil pessoas detidas, de acordo com o procurador. Saab relatou também a morte de um funcionário militar nas manifestações. Enquanto isso, a ONG Foro Penal Venezolano contabiliza pelo menos 11 mortes entre os manifestantes.
Tanto a comunidade internacional quanto a oposição, formada por María Corina Machado e Edmundo González, de 28 e julho. Dados revelam que González venceu a disputa, com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
Fonte: revistaoeste