O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu pressionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atender demandas que, até o momento, não foram cumpridas. O grupo se reuniu com o petista na Granja do Torto, em Brasília, conforme informações do jornal Folha de S.Paulo.
As exigências do MST incluem a elaboração de um plano com metas para assentar 70 mil famílias acampadas, assegurar um orçamento para a aquisição de terras, além do pagamento de R$ 400 milhões do Programa de Aquisição de Alimentos e R$ 2 bilhões para o orçamento de 2025, com o objetivo de realizar novas compras.
De acordo com os líderes do MST, Lula se comprometeu com as metas e instruiu o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, a atender os pedidos do movimento, entretanto, até o momento, nenhuma ação concreta foi realizada.
O movimento solicitou um novo encontro com Lula, com a expectativa de que ele ocorra até o final do ano. O grupo considera pedir a substituição de toda a liderança da pasta, incluindo Teixeira e o presidente do Incra, César Aldrighi.
O ministro Paulo Teixeira reconheceu a legitimidade das reivindicações do MST, afirmando que cabe ao movimento reclamar e a ele, realizar as entregas. Ele faz uma comparação curiosa, dizendo que “política é como feijão, só cozinha na pressão”.
Teixeira destacau que a reforma agrária esteve paralisada durante os governos de michel temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), mas está sendo retomada atualmente. Neste ano, R$ 500 milhões em terras serão adquiridos para a reforma agrária, R$ 700 milhões virão de grandes devedores, e o Banco do Brasil contribuirá com R$ 500 milhões em áreas.
Além disso, estão sendo abertos R$ 1 bilhão em créditos, juntamente com R$ 500 milhões do Pronaf A, que é uma linha de financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura. Teixeira também menciona o programa Desenrola Campo, que prevê o perdão de até 90% das dívidas de agricultores familiares.