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Política

Presidente do STF, Gilmar Mendes, critica uso de detectores de metal em escolas e sugere abordagem eficaz para combater a violência em reunião com Lula.

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Apesar das ameaças de atentado a unidades escolares que tomaram as redes sociais nas últimas semanas, o governador Mauro Mendes (União) acredita que não adianta reforçar a segurança nas escolas do país se não forem criadas estratégias para reduzir os índices de violência como um todo.

Mendes participou, na manhã desta terça-feira (18), de uma reunião entre Governo Federal e governadores para discutir medidas de prevenção à violência nas escolas. Na ocasião, ele externou preocupação com essa corrida por detectores e comparou com o que aconteceu na pandemia com os respiradores.

“Não dá para fazer uma corrida para comprar detectores de metais e transformá-los em um novo respirador da pandemia. O preço já explodiu. Levantar muros, colocar policiais, tudo é válido, mas nós temos que agir no DNA na violência do nosso país e fazer com que nós possamos desestruturar as causas que nos estão trazendo essas graves consequências”, recomendou.

Na reunião, o chefe do Executivo estadual frisou que, nos últimos 30 anos, a violência cresceu na maioria dos seus indicadores e ditou alguns episódios ocorridos em Mato Grosso recentemente, como a chacina em Sinop e o terrorismo em Confresa.

“A violência no Brasil tem origem muito profunda, mas nasce na desigualdade, se alimenta por um sistema judiciário que é lento devido ao grande número de processos que nós temos, e pelas leis que hoje não refletem a realidade com eficiência para combater, e ela se realimenta por um sistema penitenciário que é chamado de sistema de ressocialização, mas que, na prática, se transformou em um sistema de requalificação para o crime”, colocou o governador, lembrando ainda que uma pesquisa aponta que 85% dos egressos do sistema penitenciário brasileiro voltam a praticar crimes.

“As facções criminosas cada vez mais aumentam, ampliam sua força e se lastreiam em todos os estados e cidades brasileiras”, completou.

Em Mato Grosso, ele cita que as forças de segurança são formadas por aproximadamente 15 mil profissionais. Por outro lado, coloca que “uma única facção tem mais de 20 mil afiliados cadastrados no Estado”.

“Provavelmente, esse é um retrato da violência em todo país. Nós precisamos dar uma resposta a esse problema da educação. […], mas reagindo por impulsos nós não vamos construir medidas perenes”, finalizou.

Fonte: leiagora

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