O senador (PSB-GO), à frente da Comissão Parlamentar de Inquérito () das Apostas Esportivas, confirmou nesta terça-feira, 15, a convocação do jogador Lucas Paquetá e da influenciadora Deolane Bezerra para depoimento no dia 29 de outubro. A investigação concentra-se no envolvimento dos dois em esquemas de manipulação de resultados e apostas ilegais.
Deolane Bezerra, além de influenciadora, é advogada e está sob suspeita de ligações com o crime organizado. “Nem conheço a Deolane, nem a foto dela, só vieram dizer que ela é muito bonita”, disse o presidente da CPI das Apostas. “É fato que ela é advogada do crime organizado. O que chegou a nós até agora não deixa dúvidas do envolvimento dela. O que queremos saber é até onde foi o envolvimento, quem mais ela envolveu e com quem ela se relacionou.”
Lucas Paquetá, que mora na Inglaterra, participará da audiência por videoconferência. Ele é suspeito de ter recebido cartões de propósito no Campeonato Inglês para favorecer apostas, mas nega todas as acusações.
A convocação do jogador Luiz Henrique e do cantor Gusttavo Lima dependerá dos depoimentos de Paquetá e Deolane. Kajuru espera que as informações fornecidas pelos dois ajudem a esclarecer o alcance do esquema de apostas.
Deolane Bezerra virou alvo de uma operação da que investiga crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais. Ela foi presa em 4 de setembro, mas liberada no dia 24.
A defesa da advogada ainda não se manifestou sobre as declarações de Kajuru. Anteriormente, Deolane Bezerra declarou: “Sou inocente, e não há uma prova sequer”.
Kajuru afirmou que a CPI das Apostas Esportivas busca materialidade nas investigações. “Chega de depoimento que joga palavras ao vento e acusa pessoas inocentes sem provas cabais”, declarou, ao indicar que os trabalhos devem ser concluídos antes do Natal.
O senador também destacou que as oitivas não terão mais restrições de tempo, ao garantir que os depoimentos sejam completos. Estão previstas três reuniões semanais em novembro para compensar o tempo perdido durante os recessos parlamentares.
Fonte: revistaoeste
