Para o da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi um recado ao Poder Judiciário.
“O que aconteceu ontem foi um primeiro passo, onde a Câmara decidiu se havia pré-requisitos para o deputado permanecer preso, ou solto”, disse Lira em uma feira de agronegócio em Londrina, no Paraná. “Pela vultosa votação, que só foram 20 votos acima do mínimo, a Câmara deixou claro que está incomodada com algumas interferências do Judiciário em seu funcionamento.”
, o parlamentar é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. Por 277 votos a favor, 129 votos contrários e 28 abstenções, a Câmara manteve Brazão preso. O mínimo de votos necessários era 250.
“Sem nenhum tipo de proteção a criminosos”, continuou Arthur Lira. “Não podemos pré-julgar. O Julgamento do deputado acontecerá agora no Conselho de Ética e na Justiça. A votação de ontem é se ele permaneceria preso, ou se seria solto. Isso nada influencia em votações, em base aliada e, muito menos, em eleição da mesa diretora, que só vamos tratar a partir de setembro.”
Conforme Arthur Lira, “ninguém dá recado a Poder nenhum”. Contudo, destacou que o resultado do painel “mostrou o que os deputados pensavam”. “É importante que a gente preze pelo devido processo legal, respeito às leis e, principalmente, aos Poderes”, finalizou.
Como mostrou, horas antes de a votação no plenário sobre o caso Brazão começar, membros do centrão iniciaram um movimento pela soltura do deputado, argumentando que a detenção não cumpria os pré-requisitos legais.
Líder do maior bloco da Câmara, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) disse publicamente que votaria pela soltura de Chiquinho Brazão. Ele reuniu a bancada do partido e sugeriu que os parlamentares seguissem o mesmo voto. O PL, de oposição, orientou voto pela soltura do deputado.
Fonte: revistaoeste