Durante a transição de gestão em Carmolândia, no norte do Estado do Tocantins, documentos e computadores da prefeitura foram encontrados queimados. O material estava no quintal de uma casa de um ex-servidor do município. A Polícia Civil passou a investigar o caso depois do registro de um boletim de ocorrência por dano ao patrimônio público.
O ex-prefeito Neurivan Rodrigues de Sousa (sem partido) afirmou que os computadores eram sucatas postas a leilão, mas não retiradas pelos que fizeram os arremates. Ele assegurou que existem cópias físicas e digitais de todos os documentos, o que impossibilitaria a destruição de informações como notas fiscais e processos de pagamento.
A denúncia pela destruição do material partiu do procurador da nova administração de Carmolândia. Ele suspeita de intenções maliciosas. No boletim, ele afirmou que antigos administradores buscavam “causar prejuízo ao governo municipal” e “se livrar de provas que pudessem eventualmente comprometê-los”.
Imagens do local mostram um terreno na zona rural com materiais queimados, incluindo papéis com o nome da Prefeitura de Carmolândia e peças de computadores. Os materiais foram expostos em frente à sede da prefeitura como forma de protesto.
A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins vai encaminhar o caso à 25ª Delegacia da Polícia Civil de Santa Fé do Araguaia para verificar a ocorrência e determinar possíveis crimes.
No dia 31, um morador relatou ter visto fogo na casa do ex-servidor. O proprietário alegou não saber o que queimava, mencionando que uma mulher pediu para queimar sacos e caixas. Depois que o fogo foi controlado, a polícia descobriu documentos de prestação de contas e registros de recursos recebidos pela prefeitura.
O dono da casa foi à delegacia de Araguaína para esclarecimentos, contudo, segue em liberdade. A perícia fez a análise do material queimado e vai auxiliar na investigação.
Fonte: revistaoeste