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Política

Prefeitura de Cuiabá pode ter captação de recursos federais prejudicada devido ao calote de Emanuel, alerta vereador Bussiki

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A prefeitura de Cuiabá enfrenta dificuldades para acessar recursos federais devido a dívidas herdadas da gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo o secretário de Fazenda, Marcelo Bussiki, o ex-prefeito deixou de pagar parcelamentos com o governo federal, o que resultou na ausência de certidões negativas.

Conforme Bussiki, essa situação impacta diretamente a atual gestão de Abilio Brunini (PL), que encontra obstáculos para firmar convênios e receber repasses importantes.
“Hoje a prefeitura não tem certidão para receber recursos de convênio, já que a gestão anterior não pagou determinados parcelamentos de dívidas com o governo federal. Isso prejudica muito o andamento da gestão atual”, afirmou.
Diante da crise fiscal, o prefeito Abilio Brunini decretou estado de calamidade financeira, com o objetivo de priorizar serviços essenciais, renegociar dívidas passadas e equilibrar as contas. Uma meta de corte de 40% nas despesas foi estabelecida, e uma comissão foi formada para analisar e revisar todos os contratos da prefeitura.
“Esse esforço é justamente para recuperar as certidões, a credibilidade e equilibrar as contas, para que a população não seja prejudicada. Já foi determinado pelo prefeito, e a gente está trabalhando para que isso ocorra o mais rápido possível”, ressaltou.
Entre as medidas para redução de custos estão cortes em contratos de aluguel e revisão de serviços sobrepostos, como os contratos de tecnologia da informação (TI). Bussiki afirmou que cada contrato será analisado caso a caso para garantir uma gestão mais eficiente dos recursos públicos.
Sobre o prazo de 180 dias definido para solucionar o problema, o secretário destacou que o esforço da equipe é para concluir o processo antes do previsto.
“Se for necessário, o prazo pode ser ampliado, mas nossa meta é terminar antes para que os serviços e novos projetos possam beneficiar a população rapidamente”, explicou.

Conforme levantamentos da equipe econômica, entre 2017 e 2024, as despesas cresceram 135%, enquanto a arrecadação subiu apenas 115%. Além disso, foi identificado um déficit financeiro acumulado de R$ 518 milhões, somado a R$ 369 milhões de despesas não quitadas pela gestão de Emanuel Pinheiro (MDB).
Diante desse cenário, Abilio iniciou seu governo decretando calamidade financeira no município. O atual governo revelou que a folha salarial de dezembro dos servidores custa R$ 105 milhões, mas Emanuel deixou apenas R$ 6 milhões na conta do município, equivalente a 6% do valor necessário.
Apesar disso, o prefeito anunciou que o salário dos servidores, aposentados e pensionistas será quitado na próxima sexta-feira (10).
Além disso, ele se comprometeu que no início de fevereiro vai encaminhar à Câmara de Vereadores o projeto para revogar a taxa do lixo, que tem uma previsão de arrecadação de R$ 26 milhões para 2025.

 

Fonte: Olhar Direto

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