A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira, 25, uma busca e apreensão no gabinete do Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Câmara Federal. Os agentes estiveram ainda no apartamento funcional do parlamentar, localizado em Brasília. No gabinete, os agentes ficaram cerca de duas horas e saíram com um malote.
A ação da PF faz parte da Operação , que diz respeito a um suposto monitoramento ilegal feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Conforme apurou Oeste, o parlamentar ficou sabendo sobre a operação por meio da imprensa. Ele foi intimado para depoimento à PF ainda hoje. Procurada por Oeste, a equipe do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não informou se ele foi avisado antecipadamente sobre a presença da PF na Casa.
Além de Ramagem, três servidores da Abin e sete policiais federais são alvo da operação, que foi deflagrada nesta manhã. Policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão.
Medidas cautelares também estão sendo aplicadas. Elas incluem a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.
Mais cedo os agentes deflagaram a operação contra o parlamentar e outros investigados. No caso de Ramagem, a polícia esteve em seu gabinete, localizado na Câmara Federal, e no apartamento funcional do parlamentar, em Brasília.
Ramagem, que é delegado da PF, foi diretor-geral, da Abin entre 2019 e 2022. Nesse período, o suposto programa secreto chamado “First Mile” teria sido usado para monitorar a localização de políticos, jornalistas, advogados e adversários de Bolsonaro.
Desse modo, Ramagem deve ser interpelado pelos investigadores se autorizou ou tinha conhecimento dessas ações. Anteriormente, ele negou as irregularidades.
Fonte: revistaoeste