O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), segue sem se manifestar a respeito da operação da contra o líder da oposição na Casa, deputado Carlos Jordy (PL-RJ). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também permanece em silêncio sobre o caso.
Na manhã de quinta-feira 18, Jordy foi alvo de buscas e apreensões no contexto da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação visa investigar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os protestos de 8 de janeiro de 2023.
Em entrevista exclusiva ao programa Oeste Sem Filtro, o líder da oposição afirmou que Lira ligou para ele, demonstrando incômodo com a situação. De acordo com Jordy, o presidente da Câmara . Publicamente, no entanto, Lira ainda não se manifestou sobre o caso.
Já Pacheco, segundo Jordy, nem sequer entrou em contato depois da operação da PF. O presidente do Senado, que também é o presidente do Congresso Nacional, não emitiu nenhum posicionamento oficial a respeito da operação, que teve como alvo um deputado federal.
O congressista lamentou a falta de postura por parte do Legislativo. Jordy afirmou que o Congresso está “desmoralizado” diante do avanço da “ditadura do Judiciário” no país.
Parlamentares da oposição também cobraram um posicionamento por parte dos chefes do Legislativo. O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) chegou a afirmar que Lira e Pacheco não se opõem à situação.
“Os presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, até o momento nada declararam”, escreveu Van Hattem em seu perfil no Twitter/X. “Quem cala, consente.”
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Procurados por Oeste, Lira e Pacheco não se manifestaram sobre o caso. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
Arthur Lira relatou a aliados que Moraes não o avisou sobre a busca e apreensão que a PF realizou no gabinete de Carlos Jordy na quinta-feira. Segundo informações, o presidente da Câmara teria sido informado da operação apenas pela Polícia Legislativa.
O deputado Carlos Jordy foi alvo da PF na quinta-feira. Agentes cumpriram mandados tanto na Câmara dos Deputados quanto na residência do parlamentar. A operação foi expedida por Moraes. Além da busca e apreensão, o ministro do STF determinou a quebra de sigilo do congressista.
Para Jordy, não havia elementos para que Moraes autorizasse a operação. De acordo com ele, quem marca posição contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o STF corre o risco de ser alvo de futuras ações similares.
“Ministros do STF estão extrapolando suas funções”, avaliou o parlamentar durante entrevista ao Oeste Sem Filtro.
Fonte: revistaoeste