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Política

PEC dos Aposentados: Mauro Carvalho reforça posição do governo e diz que não há o que ceder

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De volta à chefia da Civil desde essa quinta-feira (1º/12), o secretá Mauro Carvalho retoma a articulação do governo em pautas importantes na Assembleia Legislativa. Um dos assuntos polêmicos em discussão é a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 07/2022, a chamada “PEC dos Aposentados”, que deverá ser colocada em votação na próxima quarta-feira (07/12).

A PEC 07/2022 foi apresentada em junho deste ano por lideranças partidárias. A proposta prevê a isenção da alíquota de 14% aos aposentados que recebem menos que o teto do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que hoje está em R$ 7.087,22. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), aguardou até o dia 30 de novembro que o governo apresentasse uma solução e como o governo não acenou com uma proposta, ele decidiu marcar a votação para a próxima semana.

“Não existe a menor possibilidade de o governo ceder, porque a PEC é inconstitucional. Ela não faz o menor sentido nesse momento, tudo o que o governo poderia ceder já foi cedido na previdência e no momento não cabe mais ceder nada em relação a PEC que está sendo colocada dentro da assembleia”, disse Mauro Carvalho em entrevista nessa quinta-feira (1º/12), lembrando que a reforma da previdência estadual ocorreu à época em que ele ocupava o cargo de secretário-chefe da Casa Civil.

Esta semana, em conversa com a imprensa, o governador Mauro Mendes (União) foi taxativo: o Governo do Estado não tem condições financeiras de arcar com as consequências da proposta e caso a PEC seja aprovada muito provavelmente será judicializada, já que “destruiria” a reforma da previdência estadual, aprovada na ALMT em janeiro de 2020.

“O governo cedeu tudo o que podia ceder, não pode mais ceder porque o nosso dever é com todos os cidadãos mato-grossenses”, disse o governador, acrescentando que o assunto já foi discutido outras vezes e se deve pensar no todo, não apenas nos servidores. “Tudo na vida tem que ter limites, e esse assunto nós já discutimos uma vez, discutimos duas vezes, já fizemos concessões e o governo tem que olhar para a sociedade como um todo, o governo não pode olhar só para o servidor público”, complementou.

Mauro Carvalho lembrou que nesta semana o assunto foi discutido com os deputados durante um almoço no Palácio .

“Na PEC não cabe nada com exceção daquilo que já existe hoje aprovado pela própria Assembleia Legislativa com relação a previdência estadual. O governo não pode governar só para uma árvore, tem que governar para a floresta toda. O servidor público é extremamente importante para o desenvolvimento e crescimento do Estado, mas nós temos outros pilares, como assistência social, saúde, , segurança. São vários itens que o Estado tem que continuar investindo e essa sobra de caixa que existe é para contemplar todos estes investimentos, que são necessidades de toda a sociedade mato-grossense”, argumentou.

O diretor de Previdência do MTPrev, Érico Almeida, afirmou durante audiência pública na Assembleia no dia 17 de novembro que se a PEC for aprovada o governo terá um déficit financeiro e atuarial mensal de R$ 718,1 milhões.

Em busca de uma alternativa, o presidente da ALMT, Eduardo Botelho, apresentou aos deputados uma proposta na qual ficam isentos de contribuição os aposentados e pensionistas que recebam até quatro salários-mínimos, o equivalente a R$ 4,8 mil.

“Eu deixei uma proposta de reposição de diminuir um pouco o valor. Ao invés de R$ 7 mil, para um valor menor, talvez uns quatro salários [R$ 4.848]. Eu deixei uma proposta para eles [deputados] e eles vão avaliar”, informou o deputado

Reforma da Previdência

O projeto da Reforma da Previdência em Mato Grosso foi aprovado pela Assembleia Legislativa no dia 10 de janeiro de 2020, elevando a alíquota para 14% e tornando isento de cobrança os aposentados e pensionistas que recebem até R$ 3 mil. A justificativa do governo foi para cobrir um rombo na previdência, que em 2019 apresentou um déficit de R$ 1,3 bilhão. Em dezembro do ano passado, foi aprovado um projeto do governo estabelecendo que a previdência dos militares teria a redução da alíquota de 14% para 10,5% até a faixa de R$ 9 mil, sendo aplicada a alíquota de 14% para o excedente do teto.

Fonte: esportesenoticias

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