Inicialmente, o plano dos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) era sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no segundo turnos das eleições de 2022. A informação consta no despacho da juíza federal de Curitiba Gabriela Hardt, divulgado nesta quinta-feira, 23, pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Na quarta-feira 22, a Polícia Federal iniciou uma operação contra 11 integrantes do PCC, que tentaram sequestrar e matar Moro também neste ano. No documento, a magistrada detalha todo o plano dos criminosos tendo como ponto de partida o relato de um ex-integrante do PCC.
“As ações para atacar ao senador iniciaram-se, efetivamente, em setembro do ano passado, justamente no período eleitoral”, explicou. Segundo Gabriela, o senador ficou escoltado por 180 dias (até 24 de outubro de 2021). Nesse sentido, os criminosos encontraram uma “janela de oportunidade” para atacar Moro.
O PCC usava códigos para planejar a ação contra o ex-juiz. Moro era chamado de “Tóquio” e seu sequestro recebeu o apelido de “Flamengo”. Os bandidos monitoraram a vida do senador, levantando diversas informações sobre o ex-ministro e sua família.
Até mesmo o local onde Moro iria votar no segundo turno foi estudado pelos criminosos. A polícia soube da atuação do PCC em Curitiba há pelo menos seis meses. Os integrantes da facção estavam presencialmente na cidade. Eles compraram veículos e alugaram imóveis.
Uma das residências alugadas pelos criminosos está localizada entre o escritório de advocacia da família Moro e um antigo apartamento que é bem próximo da casa do senador. As informações sobre a família eram anotadas a mão em um caderno escolar que foi apreendido pela polícia. Confira abaixo:
Fonte: revistaoeste