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Política

Paulo Pimenta denuncia chanceler de Israel por disseminar ‘fake news’ contra Lula

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O da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta (PT), acusou o chanceler de Israel, Israel Katz, de espalhar informação falsa sobre declarações do Luiz Inácio Lula da Silva.

“O chanceler de Israel, Israel Katz, distribui conteúdo falso atribuindo ao presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele”, disse Pimenta nesta terça-, 20, no Twitter/X. “Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o Holocausto.”

Em carta aberta a Lula no Twitter/X, Katz disse que a comparação que o petista fez entre Israel e Hitler era “promíscua” e “delirante”. “Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros”, afirmou o chanceler.

Pimenta acrescentou que “Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita [sic] de , que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil ”.

Em defesa do presidente petista, Pimenta também afirmou que Lula condenou “como terroristas os ataques do contra o povo de Israel” desde o “primeiro dia”.

O ministro também disse que o Brasil apresentou um projeto de cessar-fogo durante a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), “comprovando o compromisso do país com a paz na região”. “Historicamente o presidente Lula defende a coexistência de dois Estados como solução definitiva para o conflito entre Israel e Palestina”, acrescentou.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a de abertura da 37º Cúpula da União Africana, em Addis Abeba, capital da Etiópia — 17/2/2024 | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Paulo Pimenta disse ainda que o governo do primeiro-ministro Netanyahu “se nutre da guerra para se manter no poder”. “A maioria da população israelense rejeita a política extremista do governo e a comunidade internacional cobra o fim dos ataques em Gaza”, disse.

O ministro petista afirmou que Israel está “isolado”, e que “adota prática da extrema-direita [sic] e aposta em fake news para tentar se reafirmar interna e internacionalmente”.

André Lajst, cientista político e especialista em Oriente Médio e segurança nacional, rebateu as acusações de Lula e de demais membros do governo petista em suas redes sociais. De acordo com ele, as declarações não ofendem apenas a “extrema direita” de Israel, como disse Paulo Pimenta e Gleisi Hoffmann, mas toda a comunidade política e a população.

“Em Israel, o pronunciamento foi condenado por amplos espectros políticos da sociedade, inclusive pela oposição, até pelos partidos de esquerda e de extrema esquerda”, disse Lajst, que também é presidente-executivo do braço brasileiro do , organização que o antissemitismo em todo o mundo.

“O que ele [Lula] falou não foi contra o governo de Israel, foi contra o Estado de Israel”, disse Lajst. “Foi contra as pessoas que vivem em Israel. E também contra 15, 16 milhões de judeus do mundo.”

Fonte: revistaoeste

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