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Política

Parlamentares reagem com indignação às revelações de abusos de Moraes

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Parlamentares da oposição reagiram depois de o jornal Folha de S.Paulo revelar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizou o Tribunal Superior Eleitoral () para investigar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que “o rei está nú”. O parlamentar escreveu, em sua conta do Twitter/X, que “um ministro do STF não pode agir como se estivesse acima da Constituição”. 

“Isso tem que parar”, afirmou Marinho, que era o líder da oposição do Senado até pedir afastamento de sua função no Congresso. “Basta.”

Ele ainda escreveu que o “Senado precisa se posicionar e cumprir seu papel”. O parlamentar se referia a um “processo de impeachment” contra Moraes. 

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), por sua vez, lembrou que esse tipo de “comunicação, fora do rito tradicional, levantou preocupações até entre os próprios assessores do ministro”. 

Além disso, a congressista catarinense destacou que o “uso de relatórios sem ordens oficiais coloca em xeque a legalidade das provas”. Também intensifica a polêmica em torno do inquérito, “que já era absurdo”. 

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou que, finalmente, revelaram o “modus operandi de um criminoso esquema de perseguição política cruel”, liderado por quem ele chamou de “ditador Alexandre de Moraes”. 

O também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que, diante da denúncia, vai “requerer o acesso completo dos materiais citados”. Ele pretende usá-los na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre abuso de autoridade. 

De acordo com a Folha, mensagens trocadas pelo próprio magistrado, por assessores e por integrantes do TSE mostram que o setor de combate à desinformação da Corte Eleitoral, então presidida por Moraes, serviu como braço investigativo do STF.

As mensagens, entre Moraes e seus assessores, , assessores de Moraes mencionaram a irritação do magistrado com a demora no atendimento às suas ordens. 

“Vocês querem que eu faça o laudo?”, perguntou o ministro, em uma das mensagens. “Ele cismou. Quando cisma, é uma tragédia”, comentou um dos assessores, ao referir-se ao magistrado. “Ele está bravo agora”, disse o outro. 

Fonte: revistaoeste

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