Na tarde desta terça-feira, 23, a Arquidiocese de São Paulo arquivou a denúncia contra o padre Júlio Lancellotti. A Cúria Metropolitana do Estado, responsável por analisar o caso, . Naquele ano, houve rejeição por “falta de materialidade”. Agora não houve “convicção suficiente”.
A arquidiocese levou menos de 24 horas para arquivar a denúncia, . O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, é quem recebeu o material.
Ao anunciar a decisão, . Em 81 páginas, os peritos Reginaldo Tirotti e Jacqueline Tirotti analisaram o estado de conservação do vídeo, observaram cada frame dos filmes, realizaram os exames prosopográficos (técnica que identifica as características faciais), inspecionaram os áudios e comprovaram sua integridade.
O vídeo foi gravado em fevereiro de 2019, por um adolescente de 16 anos. A cena inicial mostra uma tela de celular, com trocas de mensagens no aplicativo WhatsApp. Depois, começa a videochamada e a câmera oscila entre as partes íntimas e o rosto do padre.
Em 2020, essas imagens circularam por algum tempo nas redes sociais. . Contudo, o Ministério Público (MP) arquivou a investigação.
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Perícias do gênero chegam a um veredito depois da verificação de distintos elementos: contorno facial, altura da calvície, inclinação do nariz, acessórios, mobílias. Tudo isso foi comparado com imagens do padre em outras situações. Por exemplo, em entrevistas a emissoras de televisão.
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Ao constatarem todas as convergências e verificarem a ausência de vestígios de adulteração dos arquivos, Reginaldo e Jacqueline concluíram que Júlio Lancellotti é o homem que aparece nas imagens.
Mas o trabalho da perícia foi insuficiente para sustentar a denúncia na arquidiocese. .
Fonte: revistaoeste