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Política

Pacheco rebate Valdemar: ‘Defende ocultamente o STF nos bastidores’

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Sem citar nomes, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu às declarações do presidente do PL, , que, mais cedo, subiu o tom contra o senador mineiro.

“Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal”, disse Pacheco em nota. “E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema.”

Valdemar usou as redes sociais pela manhã para cobrar uma reação de Pacheco com relação à busca e apreensão deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que aconteceu nesta manhã no gabinete do parlamentar e em endereços dele.

“Está claro que mais essa operação da PF de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do [ex-presidente Jair] Bolsonaro”, escreveu Valdemar no X/Twitter. “Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências. Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro.”

Depois, os jornais Folha de São e O Globo noticiaram que Valdemar chamou Pacheco de “frouxo”. “É mais uma perseguição do ministro Alexandre de Moraes contra bolsonaristas e a direita do país”, disse. “Mas, isto só ocorre pelo fato de termos um presidente do Congresso frouxo. O Rodrigo Pacheco deveria agir pelo impeachment dele. A função do Ramagem, à frente da Abin sempre foi investigar.”

Até o momento, Pacheco e nem o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comentaram diretamente a ação da PF no gabinete de Ramagem e nem a operação dos agentes contra o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ).

Em uma semana, a PF deflagrou duas busca e apreensões na Câmara dos Deputados. Sendo a primeira, e a segunda, que aconteceu nesta manhã, contra Ramagem.

Após as ações, membros da oposição cobraram de Lira e Pacheco um posicionamento com relação ao que chamaram de “invasão de competência”.

A ação contra Ramagem da PF faz parte da Operação , que diz respeito a um suposto monitoramento ilegal feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Conforme apurou Oeste, o parlamentar ficou sabendo sobre a operação por meio da imprensa. Ramagem havia sido intimado para depôr hoje na PF, mas pediu para ter acesso primeiro aos autos.

Além de Ramagem, três servidores da Abin e sete policiais federais são alvo da operação, que foi deflagrada nesta manhã. Policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão.

Medidas cautelares também estão sendo aplicadas. Elas incluem a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.

Mais cedo os agentes deflagaram a operação contra o parlamentar e outros investigados. No caso de Ramagem, a polícia esteve em seu gabinete, localizado na Câmara Federal, e no apartamento funcional do parlamentar, em Brasília.

Ramagem, que é delegado da PF, foi diretor-geral, da Abin entre 2019 e 2022. Nesse período, o suposto programa secreto chamado “First Mile” teria sido usado para monitorar a localização de políticos, jornalistas, advogados e adversários de Bolsonaro.

Fonte: revistaoeste

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