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Paccola protocola pedido de licença para campanha e diz que colegas de farda farão sua segurança » Esportes & Notícias

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O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), em pronunciamento na sessão desta quinta-feira (04) na Câmara de Cuiabá, disse que colegas de farda se ofereceram para fazer sua segurança nos momentos de folga, já que seu porte de arma foi suspenso por decisão da Justiça. Durante a sessão, Paccola também protocolou pedido de licença do cargo para se dedicar à para deputado estadual.

A suspensão do porte de arma do vereador, que é militar da reserva, foi determinada pelo Juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que acatou denúncia do Ministério de Mato Grosso contra Paccola, por homicídio qualificado. O vereador matou a tiros o agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos, na de 1º de julho, no Bairro Quilombo, após uma confusão em frente a uma distribuidora de , nas proximidades do Choppão.

“Depois desses mais de 20 anos [na Polí Militar] hoje me sinto como se estivesse andando nu, como se estivesse pelado. Por decisão do juiz, e decisão judicial a gente está aqui para acatar, hoje não estou portando minha arma de fogo, tive meu porte de arma suspenso. Algumas pessoas que se sentem amedrontadas a minha volta pelo fato de eu estar portando uma arma de fogo, fiquem tranquilas, agora, porque não posso mais enquanto essa decisão não for revogada”, disse o vereador Paccola.

Em sua fala, Paccola disse que tem ciência, que, por não portar uma arma, se algo acontecer à sua volta, ele nada poderá fazer, “se não assistir o que estiver acontecendo”. No caso envolvendo a morte do agente, Paccola disse que agiu em legítima defesa, já que Alexandre estaria ameaçando com uma arma a namorada e que atirou para se defender, para proteger a mulher, e também aos populares que estavam nas imediações. Imagens de uma câmera de segurança mostram que Paccola efetuou três disparos pelas costas do agente.

Após a decisão da Justiça de suspender sua arma, Paccola disse que recebeu muitas ligações de policiais militares se colocando à disposição para andar junto com ele nos momentos de folga.

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“Quero aqui agradecer, agradecer meus irmãos de farda, porque é nesse momento que a gente sente essa conexão de irmandade, que vai além do parentesco consanguíneo; Pra alegria de uns, para tristeza de outros, vários policiais  fizeram contato comigo e se colocaram à disposição pra, na folga, ficar junto comigo: mano, você fica tranquilo, que o senhor não vai ficar à mercê e ninguém que queira de alguma maneira fazer algum intento  vai conseguir”, relatou Paccola, sobre o que os policiais disseram a ele.

Em sua fala, Paccola agradeceu a todos os policiais militares que fizeram contato e se organizaram para nas suas folgas andar junto, enquanto ele não tiver a possibilidade de se defender com uma arma. Segundo Paccola, eles disseram “coronel, o senhor não está só. Por trás da sua retaguarda, tem um exército”.

“Então, não estarei vulnerável, podem ter certeza que a gente, por mais ferido que esteja, o leão nunca vai deixar de ser leão. Ele perde os dentes, ele perde os pelos, mas não perde o instinto”, afirmou o vereador.

Pedido de licença

Ainda da tribuna, Paccola anunciou que estava protocolando pedido de licença para se dedicar à campanha eleitoral. Nesta sexta-feira, o Republicanos fará sua convenção para homologar as candidaturas e Paccola é pré- a deputado estadual.

“Amanhã a nossa convenção acontecerá e nós não servimos a dois senhores. Vou dedicar dia, noite, e madrugada, nesses próximos dias, pra poder me dedicar à campanha como pré-candidato e, amanhã, se for assim acolhido pelo partido, que acredito que nós seremos, estaremos cravando a nossa condição de candidato na convenção de amanhã para concorrer a vaga de deputado estadual em Mato Grosso”.

A direção estadual do Republicanos já anunciou que a pré-candidatura de Marcos Paccola foi mantida e seu nome será homologado na convenção. Para a executiva do partido, “o melhor julgador da nossa sociedade é o cidadão eleitor, que fará seu julgamento nas urnas”

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