Em pronunciamento nesta quarta-feira, 25, no Uruguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende “brigar” por uma nova governança global. A proposta, sugere o petista, daria amplos poderes aos organismos internacionais e enfraqueceria o Parlamento dos países, que tem a prerrogativa de aprovar e rejeitar projetos.
“Se não tivermos uma governança global que decida cuidar do planeta, continuarão a ocorrer encontros como a COP30, a COP15, a COP27, a COP35 e a COP40, em que tomamos decisões maravilhosas em nível internacional, mas, quando tentamos colocá-las em prática dentro dos nossos Estados, o Congresso não aprova — e as políticas não entram em vigor”, afirmou o presidente.
Mercosul “aberto ao mundo”
, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, disse que o mercado Comum do sul (Mercosul) deve ser “moderno, flexível e aberto ao mundo”.
“Sabemos que o Brasil tem um peso econômico e demográfico importante, não tenho problema nenhum em admitir isso”, observou Lacalle Pou. “O Uruguai vai avançar nas negociações com a China, como tem feito até agora. O Brasil pode, paralelamente, fazer seu caminho. Depois disso, vamos compartilhar tudo aquilo que foi negociado. Para resumir: o Mercosul que queremos precisa ser um Mercosul moderno, flexível e aberto ao mundo.”
A declaração de Lacalle Pou ocorre na esteira das recentes críticas de integrantes do bloco aos uruguaios. Os coordenadores nacionais do Brasil, da Argentina e do Paraguai no Mercosul criticaram o fato de Montevidéu ter buscado acordos bilaterais com outras nações.
Em nota conjunta, os três países disseram ter informado o Uruguai que se reservam o “direito de adotar as eventuais medidas que julgarem necessárias para a defesa de seus interesses” jurídicos e comerciais.
Fonte: revistaoeste