Olívio Rodrigues Júnior, ex-integrante do setor de operações estruturadas da Odebrecht, recorreu ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), para anular os atos pelos quais seria responsabilizado na Lava Jato.
Na Odebrecht, Rodrigues Júnior comprava offshores e realizava pagamentos ilícitos no exterior. A defesa pediu a Toffoli que estenda a decisão que beneficiou o empreiteiro Marcelo Odebrecht, um dos favorecidos pela decisão do magistrado.
Os advogados do ex-integrante do setor de operações estruturadas busca o arquivamento de oito processos em Brasília, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Ao utilizar dezenas de mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato e Sergio Moro vazadas por um hacker, as advogadas alegaram que Rodrigues Júnior foi vítima de um conluio entre Moro e o Ministério Público Federal. Elas também apontaram cooperações ilícitas fora dos canais oficiais entre a Lava Jato e o Ministério Público da Suíça.
Apesar de pedir o encerramento das pendências judiciais decorrentes da Lava Jato, Rodrigues Júnior quer manter os benefícios de seu acordo de delação, conforme decisão anterior de Toffoli em relação a Marcelo Odebrecht.
Anteriormente, Luiz Eduardo Rocha Soares, também ex-executivo da Odebrecht, havia feito pedido semelhante a Toffoli. Ambos são defendidos pelas advogadas Paula Sion e Dora Cavalcanti.
Fonte: revistaoeste
