Os últimos debates eleitorais dos candidatos à Prefeitura de São Paulo têm sido marcados por discussões e acusações entre os participantes. Em um dos encontros, , que tem recebido processos de outros candidatos.
O neurocientista Igor Duarte afirmou, na edição desta terça-feira, 3, do , que os antigos formatos de debate eleitoral, “em que se disputava quem era mais intelectual, já não funcionam mais”.
De acordo com Duarte, o que funciona, nos dias atuais, é o candidato falar “a linguagem do povo”, e não se preocupar em estar melhor “engravatado”.
Como exemplo, o neurocientista citou o candidato Pablo Marçal. “Como veio da periferia, sabe falar a linguagem periférica”, afirmou.
As atitudes do ex-coach, segundo o neurocientista, contribuem para seu crescimento nas pesquisas e ajudam nas audiências dos canais que promovem os debates.
Uma das novidades desta campanha foi o caso de (PSB). Ela contratou um psicanalista para estudar as atitudes de Pablo Marçal durante os debates.
Essa iniciativa, entretanto, “não foi eficaz”. “Pablo Marçal, me parece, é um candidato que está acima de qualquer análise”, afirmou Duarte. “Essa investigação psicanalítica ocorreu antes do debate da TV Gazeta, e Pablo Marçal conseguiu sobressair em relação a Tabata Amaral.”
Na ocasião, ela tentou imputar crimes ao adversário. “Contudo, Pablo Marçal teve a sacada de fazer o ‘M’, enquanto Tabata Amaral falava”, afirmou o neurocientista. “Isso a desestabilizou. Por isso, ela partiu para o xingamento, chamando-o de ‘palhaço’ e de ‘criminoso’.”
Outro fator que ajudou Pablo Marçal a ganhar destaque na política foi o fato de ele “se apropriar da direita”, segundo Duarte. “Ricardo Nunes (MDB) não abraçou essa causa e Pablo Marçal se apropriou disso.”
Fonte: revistaoeste