O deputado federal Neri Geller (PP), candidato ao Senado nas eleições de outubro, disse nesta quarta-feira (10) que ficou frustrado com a decisão do PSB em apoiar Mauro Mendes para a reeleição ao Governo do Estado. Segundo ele, até sexta-feira (05) passada, último dia das convenções partidárias, ainda havia a expectativa que o PSB se aliasse à Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PV e PCdoB, e ainda com o apoio do PSD e o PP, que lançou como candidata ao governo a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV).
O PSB chegou a participar de encontros com o PSD, MDB e PP, que estão desde o início apoiando o projeto de Neri Geller ao Senado. Neri lembrou que Max Russi, presidente do PSB em Mato Grosso, esteve junto para ajudar o projeto intitulado Avança Mato Grosso, movimento lançado pela oposição para ser uma alternativa ao atual governo. Porém, na última hora o PSB decidiu apoiar o governo Mauro Mendes.
“Eu falei com o presidente Max: disputar a eleição e se exercer a liderança, é manter produção. Se um dia você pensar em ser senador ou governador com esse uma hora tá aqui, outra hora tá lá, não vai acontecer. Eu falei isso pra ele, não é crítica, falei pra ele, e realmente ser Maria vai com as outras, é ridículo isso, acho isso”, disse Neri em entrevista jornalistas.
Mesmo com a posição do PSB de apoiar Mauro Mendes, Neri afirmou que continua com o apoio de vários prefeitos do partido. Dentre eles, Neri citou os prefeitos de Araguaiana, Torixoréu, Santa Terezinha, Jauru e São Pedro da Cipa.
“Eu não vou ficar forçando, não vou ficar obrigando ninguém. Vamos disputar a eleição, uma eleição leve, discutindo com a sociedade. Estou bastante feliz porque não fiz nenhuma pressão e não vou fazer. Estou vendo muita gente, mas muita gente mesmo, que está conosco. Vamos ganhar a eleição e vou continuar trabalhando, ajudando o Estado e o País independentemente de quem ganhar”, disse Neri Geller.
“Logicamente que eu tenho o Governo Federal, o presidente Lula e o Alckmin alinhadíssimos. Trouxemos a chapa de governador, que é a Márcia, mas eu vou trabalhar para ajudar o Estado, independentemente de quem ganhar a eleição”, concluiu.