O agora deputado federal cassado e candidato ao Senado, Neri Geller (PP), disse que a decisão da última terça-feira (23) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tirou do mandato e o deixou inelegível por oito anos, foi injusta e aconteceu pelo fato de ele ser produtor rural. O parlamentar foi condenado por abuso de poder econômico.
Conforme a assessoria de Neri, a agenda de campanha segue normalmente. “Geller foi condenado por ser produtor rural, e por natureza intrínseca, vender soja e milho”, diz o deputado em sua defesa, por meio de nota.
Geller teria sido cassado por um pedido que não fazia parte dos autos processuais, segundo a defesa. Os advogados ainda acrescentaram que continuarão trabalhando pelos meios judiciais cabíveis ao caso, mas que não adiantariam a estratégia que será adotada.
Neri teve sua inelegibilidade decretada por fazer triangulações de valores que extrapolavam o teto de gastos de campanha, em 2018. De acordo com o processo passaram pela conta do filho de Neri o montante de R$ 7,2 milhões e destes R$ 2,8 milhões vieram de transferências diretas do pai.
“Em reforço a ocorrência da triangulação financeira juntou os contratos cujo valor é de um R$ 1 milhão, todavia as notas fiscais juntadas pelos investigados apresentam uma série de inconsistências a saber elas totalizam mais de R$ 2,6 milhões e a maior parte das notas fiscais foram emitidas ulteriormente e incongruência cronológica com relação a análise dos documentos de série de cada nota fiscal”, diz trecho do voto.