A médica Natasha Slhessarenko (PSB) disse, nesta terça-feira (09), em entrevista ao Tribuna, da Vila Real FM, que está com o “coração destroçado” por estar fora da disputa por uma vaga no Senado Federal. Segundo ela, a ideia era somente concorrer a este posto. Houve, inclusive, uma tentativa de fazê-la sair a deputada federal, o que foi negado por ela. Questionada sobre, a profissional da saúde lembrou que candidatas mulheres eleitas ou suplentes trazem muito dinheiro do Fundo Partidário.
“Desde o início, a intenção sempre foi me lançar ao Senado. Tanto é que assim aconteceu no início. Hoje, com a minha saída da disputa, estou com o coração destroçado. Tentaram ainda que eu fosse candidata a deputada federal, vocês sabem que as mulheres eleitas para este cargo, seja na suplência ou no mandato em si, consegue mais de R$ 10 milhões de fundo partidário. Eu não faria isso”, disse Natasha.
Ainda conforme a médica, a desistência de participar das eleições deste ano também serve para não trair as pessoas que apoiaram sua candidatura ao Senado.
Apesar de aventada, a possibilidade dela sair para tentar uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) era praticamente nula. Isso porque, nos bastidores, o entendimento era de que ela poderia tirar votos de vários aliados, como por exemplo do próprio presidente do PSB, Max Russi.
Questionada sobre a possibilidade de machismo, Natasha não cravou com todas as letras, mas pontuou que é muito mais difícil fazer articulações pelo fato de ser mulher. Segundo ela, a chapa Lula-Alckmin perdeu uma grande chance de dar exemplo, colocar uma mulher no Senado e mostrar para futuras gerações que novos nomes podem mudar a política.
Natasha ainda lembrou de situação semelhante passada por sua mãe, Serys Slhessarenko, que à época sairia como deputada federal, mas acabou sendo vetada. Ela saiu do Partido dos Trabalhadores (PT), chegou a ter mais de 70 mil votos, mas acabou não sendo eleita pela questão da legenda.