Sophia @princesinhamt
PolĂ­tica

Na ONU, Lula defende que liberdade de expressĂŁo tem limites

2024 word2
Grupo do Whatsapp CuiabĂĄ

Em mesa de debate “Defesa da Democracia, Combatendo os Extremismos” promovido no Ăąmbito da 79ÂȘ Assembleia Geral das NaçÔes Unidas, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva disse que a “liberdade de expressĂŁo Ă© um direito fundamental e um dos pilares centrais de uma democracia sadia, mas nĂŁo Ă© absoluta”. 

Lula argumentou que a liberdade de expressĂŁo “encontra seus limites na proteção dos direitos e liberdades de outros, e da prĂłpria ordem polĂ­tica”. TambĂ©m usou a roda de debate, realizada nesta terça-feira, 24, para defender a regulamentação das redes sociais.

“As tecnologias digitais ajudam a promover e difundir o conhecimento, mas tambĂ©m agravam os riscos Ă  convivĂȘncia civilizada entre as pessoas”, falou. “As redes digitais se tornaram um terreno fĂ©rtil para os discursos de Ăłdio misĂłginos, racistas, xenofĂłbicos que fazem todos os dias. Nossas sociedades estarĂŁo sob constante ameaça, enquanto nĂŁo formos firmes na regulação das plataformas e do uso da inteligĂȘncia artificial.”

O petista afirmou que “nenhuma empresa de tecnologia ou indivĂ­duo, por mais ricos que sejam, podem se considerar acima da lei” e que as redes sociais precisam ser “responsabilizadas pelo conteĂșdo que circula” dentro de suas plataformas. 

Sem citar nomes, Lula ainda falou sobre as “açÔes violentas” promovidas pela “extrema direita” no Brasil e nos Estados Unidos. Disse ser “inegĂĄvel que a democracia vive hoje seu momento mais crĂ­tico desde a II Guerra Mundial”.

“No Brasil e nos Estados Unidos, forças totalitĂĄrias promoveram açÔes violentas para desafiar o resultado das urnas”, declarou. “Na AmĂ©rica Latina, as notĂ­cias falsas corroem a confiança e afetam os processos eleitorais. Na Europa, uma mistura explosiva de racismo, xenofobia e campanhas de desinformação colocam em risco a diversidade e o pluralismo.”

O chefe do Executivo brasileiro argumentou que a democracia se tornou um “alvo fácil” para a “extrema direita” e um “desafio compartilhado” para todo o mundo. 

“O extremismo Ă© sintoma de uma crise mais profunda, de mĂșltiplas causas. A democracia liberal demonstrou-se insuficiente e frustrou as expectativas de milhĂ”es. Ela se tornou apenas um ritual que repetimos a cada 4 ou 5 anos. Um modelo que trabalha para o grande capital e abandona os trabalhadores Ă  prĂłpria sorte nĂŁo Ă© democrĂĄtico”, argumentou. 

Lula ainda disse lutar para que a democracia volte a “ser percebida como o caminho mais eficaz para a e efetivação de direitos” e uma “esperança” aos chamados “deserdados pela globalização”.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidåria que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.