A candidata ao governo e primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), foi intimada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) a prestar esclarecimentos a respeito de anotações sobre processos em andamento na Justiça. Caso não faça, Márcia pode ter o registro indeferido. Segundo a defesa dela, inexiste qualquer acusação contra a candidata.
Ao realizar a candidatura, conforme o MPE, Márcia entregou certidão da Justiça Comum de 2º Grau com anotações que indicam existir processos em andamento dos quais ela consta como parte.
“Tratando-se de certidão que possui anotações que a diferencia do modelo padrão, imperioso que se faça acompanhar das respectivas certidões de objeto e pé. (…) Destaca-se que o documento é especialmente inaceitável porquanto imprestável para se verificar a inexistência de causa de inelegibilidade. (…) Considerando que se trata de falha no requerimento de registro de candidatura, a PRE/MT requer a intimação do partido político requerente para juntar documentação adicional no prazo de três dias”, destaca o procurador regional eleitoral Erich Raphael Masson.
Márcia é alvo de investigação da Operação Capistrum, em que se apura suposto esquema de uso político da máquina na Secretaria de Saúde de Cuiabá. Ela foi proibida pela justiça de frequentar a Prefeitura de Cuiabá e a secretaria. O marido dela e prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB) também é investigado.
O Ministério Público do Estado aponta que a primeira-dama, além de integrar a organização criminosa, exerceria o comando do grupo delituoso em conjunto com Emanuel Pinheiro, tendo alto poder de influência sobre os outros denunciados.
Veja a nota enviada pela assessoria da candidata:
A assessoria jurídica da candidata ao Governo do Estado, Marcia Pinheiro (PV), da coligação “Para Cuidar das Pessoas” – Federação Brasil da Esperança” (PV, PCdoB e PT), com apoio do Solidariedade, PSD e PP, informa que as certidões requeridas estão sendo providenciadas junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para envio à Justiça Eleitoral. Reforça que inexiste qualquer acusação contra a candidata.