Uma análise detalhada de 1.758 viagens oficiais realizadas por ministros do governo federal desde a posse do presidente Lula, em janeiro de 2023, até o dia 22 de março deste ano revela um intenso movimento de deslocamentos.
Dois ministros do atual governo se destacam por ter realizado mais de uma viagem por semana ao longo das 68 semanas de trabalho até o momento. Essas viagens, em sua maioria relacionadas a compromissos oficiais, incluem também voos da que aparentemente os levaram a redutos eleitorais e residências nos fins de semana.
Os dados para essa análise foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Os materiais sobre viagens de ministros do foram compilados pela agência .
O ministro que lidera o ranking de viagens oficiais é , com um total de 82 deslocamentos registrados. Em seguida, estão a pasta da Saúde, sob a gestão de Nísia Trindade, com 73 viagens, e a Educação, comandada por Camilo Santana, que contabilizou 67 voos pela FAB.
Em contrapartida, os ministros que menos viajaram foram Cida Gonçalves, responsável pela pasta das Mulheres, com 27 viagens, e Ricardo Lewandowski, que realizou apenas cinco deslocamentos .
Destaca-se também, de acordo com o levantamento da agência Fiquem Sabendo, a baixa frequência de viagens de Geraldo Alckmin, com apenas três registros na pasta de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O número exclui as viagens relacionadas à Vice-Presidência e os momentos em que ele atuou como presidente em exercício.
Destinos e eventos das viagens ministeriais
A maioria das viagens dos ministros teve como destino eventos fora de Brasília, com destaque para São Paulo (309 viagens), Rio de Janeiro (190) e Recife (75). Além disso, houve 13 viagens internacionais para cidades como Buenos Aires (Argentina) e Nova York (Estados Unidos), bem como destinos mais como Xangai (China), Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Phnom Penh (Camboja) — esta última parte de uma viagem pelo sudeste asiático realizada pelo chanceler em outubro do ano passado.
Além dos números expressivos, há registros de viagens que levantam suspeitas de ter sido realizadas para fins particulares. Um exemplo disso é o caso do ministro dos Esportes, André Fufuca, que entre novembro e o final de janeiro fez cinco viagens a São Luís durante fins de semana. A capital do Maranhão é reduto político dele.
Fonte: revistaoeste
