O retirou do seu site notas que defendiam . As publicações, feitas na quinta-feira 5 e sexta-feira 6, traziam a defesa de Almeida contra acusações de assédio sexual.
A remoção foi constatada na segunda-feira 9, depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomear Macaé Evaristo (PT-MG) como nova ministra dos Direitos Humanos.
Uma das notas mencionava o fato de que os pedidos de investigação das denúncias foram encaminhados à Presidência da República, à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Controladoria-Geral da União (CGU).
Outra nota agora removida afirmava que a organização Me Too, responsável pelas denúncias contra Almeida, tinha um “histórico relacional controverso perante as atribuições desta pasta” e havia tentado influenciar uma nova licitação do Disque 100.
A última nota apagada continha a defesa de Almeida, em que ele repudiava, “com absoluta veemência, as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”.
Na sexta-feira, quando Almeida foi demitido, o governo emitiu uma nota em que afirmava que Lula considerou “insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações”.
Em comunicado enviado ao canal CNN, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania explicou a decisão de retirar as notas do ar.
“A gestão interina do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania optou por retirar do ar duas notas à imprensa divulgadas na última quinta-feira”, afirmou o ministério. “A primeira nota foi retirada entendendo que não cabe o uso da estrutura de comunicação do MDHC para defesa pessoal, visto que existem fóruns apropriados para garantir o direito à ampla defesa”.
De acordo com a pasta, a segunda nota foi retirada por entender que hipóteses levantadas no texto devem ser objeto de averiguação pelas instâncias responsáveis, antes de qualquer comunicação oficial por parte do ministério.
A nova ministra dos Direitos Humanos do , Macaé Evaristo (PT), que vai substituir Silvio Almeida, é ré na Justiça de Minas Gerais por superfaturamento na compra de uniformes escolares. A é do jornal O Estado de S. Paulo.
O caso ocorreu quando ela era secretária de Educação de Belo Horizonte, em 2011, durante a administração do ex-prefeito Márcio Lacerda (PSB).
Macaé também chegou a ser acionada judicialmente por supostas práticas semelhantes enquanto era secretária de Estado de Educação na gestão de Fernando Pimentel (PT) entre 2015 e 2018.
Nesse período, porém, ela fez um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) para encerrar o processo.
Procurada pelo Estadão, a ministra disse que a defesa dela contestou a ação sobre a suposta irregularidade quando era secretária municipal e que segue “tranquila e consciente do compromisso com a transparência e correta gestão dos recursos públicos”.
Segundo Macaé, o processo licitatório foi conduzido pela Comissão de Licitação, que não era vinculada à sua pasta, e validado pela “Procuradoria do município, que conduziu todas as fases do certame”.
Fonte: revistaoeste