O ministro André Mendonça, do , atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e deu mais 30 dias a autoridades e empresas para concluírem a renegociação dos acordos de leniência firmados na Operação Lava Jato. Nesses acordos, empresas admitiram corrupção e aceitaram pagar multas para não ser processadas pelos crimes cometidos durantes os governos do PT.
Essa é a terceira vez que o prazo é prorrogado. A AGU disse que a greve dos servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) dificultou o desfecho das negociações. Em julho, o órgão alegou que já havia consenso com as empresas em relação aos principais pontos que envolvem os acordos de leniência e que faltava, apenas, concluir as discussões sobre o cronograma de pagamento das dívidas remanescentes e sobre os correspondentes clausulados. Ainda restam divergências quanto a esses pontos.
Mendonça é o relator de ação proposta pelo Psol, pelo PCdoB e pelo Solidariedade que questiona os acordos de leniência firmados antes da formalização do Acordo de Cooperação Técnica (ACT), em 2020.
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Os partidos de esquerda, da base de apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ainda alegam que existia, na Lava Jato, um “estado de coisas inconstitucional” e uma suposta atuação abusiva do Ministério Público Federal (MPF) nas negociações. Entretanto, as empresas que participam da renegociação já admitiram, diante de Mendonça, .
A primeira audiência de conciliação foi conduzida por Mendonça em fevereiro, com representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR), da AGU, da Controladoria-Geral da União (CGU) e de empresas que participaram dos acordos. As empresas que participam das tratativas são a J&F, Novonor (antiga Odebrecht), Camargo Corrêa, UTC, Nova Engevix, Petrobras e Braskem.
Redação , com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste