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Política

Max Russi já tem 10 votos para disputar presidência da ALMT e busca mais 3 no grupo de Botelho

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O deputado estadual Max Russi (PSB), atual 1º secretário da Assembleia Legislativa, disse que já tem o apoio de dez deputados estaduais para disputar a presidência da Assembleia Legislativa, para o biênio 2023-2024. Com o anúncio do deputado Eduardo Botelho (União), de que não irá disputar a presidência, já que juridicamente estaria impedido de concorrer ao mesmo cargo pela terceira vez, o nome de Russi é o mais cotado para assumir o comando do Legislativo.

“Eu tinha dez, antes de viajar, continuo com os dez e agora vou conversar com o resto [demais deputados]”, disse Max Russi em entrevista a jornalistas.

Russi disse que ficou sabendo do anúncio de Botelho pela imprensa e que iria conversar com ele nesta quarta-feira (23/11). Durante um jantar na noite dessa terça-feira (22/11) na casa da deputada Janaína Riva (MDB), Botelho informou ao grupo de deputados que o apoia que não disputaria novamente a presidência após ouvir um grupo de juristas que avaliam que juridicamente ele está impedido de disputar novamente o mesmo cargo.

Para Max Russi, o anúncio de Botelho não muda a situação, já que ele já era candidato e continua com o projeto de disputar a presidência. Ele contou que tem conversado com os demais deputados e acredita que a partir de agora irá conseguir mais apoio para disputar o cargo de presidente.

Quanto a repetir a dobradinha, tendo Botelho no cargo de 1º secretário em sua chapa, ele disse que existe sim esta possibilidade, mas primeiro ele precisa viabilizar sua candidatura.

“Lógico que existe, não fiz compromisso com ninguém para a primeira secretaria, não conversei com ninguém ainda.  Não estou fechando a chapa, primeiro estou tentando viabilizar meu nome para ser candidato a presidente”, disse Max Russi, que avalia Botelho como um bom nome, já que a exemplo da atual legislatura, os dois têm trabalhado juntos.

“Não tenho dificuldade nenhuma com o nome de Botelho, se for esta a vontade dele e entendimento dos parlamentares. Estou bastante tranquilo quanto a isso, não assumi nenhum compromisso, não fiz nenhum encaminhamento, não tive nenhuma conversa nesse sentido com nenhum deputado, e Botelho não colocou ainda que é candidato a primeiro secretário”, acrescentou Russi. Entretanto, em entrevista à imprensa nesta quarta, Botelho já declarou que não disputando à presidência, já tem apoio para ocupar a primeira-secretaria.

Em relação a declaração de Eduardo Botelho, que seu nome não seria consenso entre os demais deputados para disputar à presidência, Max Russi disse que cabe a ele conversar e conquistar o apoio dos demais colegas.

“Vou trabalhar, pedir o voto de todos, eu preciso de 13 votos para ser presidente, se eu tiver 12 mais 1, já é suficiente. Lógico que eu gostaria de ter os 24, mas tranquilo, a última vez não teve os 24, na anterior não teve os 24, acho que democracia é isso, é debate, é proposta, é entendimento, muita discussão, vou conversar com todo o mundo. Quero ter o voto de todos, aqueles que entenderem que posso ser um bom candidato a presidente, e tiveram a experiência que fui [presidente] por um ano, como é a forma de trabalhar. Tenho a certeza que vão me apoiar, estou bastante confiante, acho que posso ter o apoio de mais de 12 deputados”.

Botelho chegou a ser afastado da presidência

Eduardo Botelho foi eleito para a presidência da Mesa Diretora em 10 de junho de 2020 para o biênio 2021/2022. Ele assumiu no dia 1º de fevereiro de 2021, mas no dia 22 daquele mesmo ano foi afastado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes atendendo a uma ação do partido Rede Sustentabilidade, que alegou que a recondução de Botelho ao cargo pela terceira vez foi inconstitucional. Em nova eleição determinada por Moraes, no dia 23, Max Russi assumiu a presidência e fico no cargo até o dia 24 de fevereiro de 2022, quando Moraes revogou a medida cautelar reconduzindo novamente Botelho ao cargo e os demais membros da Mesa Diretora eleita em junho de 2020.

Ao revogar a medida cautelar, Moraes levou em conta a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6524 julgada pelo ministro Gilmar Mendes, que veda eleições sucessivas para um mesmo cargo na Mesa Diretora e que estabelece apenas uma recondução ao cargo (independentemente de legislatura). No caso de Botelho, ele foi reconduzido porque não sofreu os efeitos do novo entendimento, isto porque a ADI 6524 só teve o acórdão publicado no dia 6 de abril de 2021, após, portanto, a eleição de Botelho, que havia sido realizada em junho de 2020.

“Já tivemos uma decisão no ano passado, depois disso houve um entendimento depois de uma data. Alguns ministros entendiam que seria retroativo, outros, como Gilmar mendes, entendiam que era a partir de maio, passou maio, o que mudaria? Teria que ter um novo julgamento. Eu, particularmente, acreditava que não é possível se disputar os mesmos cargos da Mesa. Por exemplo, eu não posso ser novamente candidato a 1º secretário, então só me resta uma possibilidade, a presidência”, analisou Max Russi.

Fonte: esportesenoticias

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