A declaração do governador ocorreu durante entrevista à Rádio Villa Real, na qual ele deu razão ao Consórcio Construtor BRT Cuiabá – formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A. e Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. – que apontou entraves políticos como um dos fatores para a lentidão das obras.
“Emanuel atrasou em um ano o início das obras. Não emitia as autorizações. Ficou um ano atrapalhando o início da obra. A empresa tem razão e é preciso ter cuidado para eventual rescisão”, declarou Mendes. O governador também mencionou que a liberação das licenças ambientais pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) também sofreu atrasos devido à demora da Prefeitura de Cuiabá.
O consórcio contratante relatou que o cronograma original previa a conclusão do BRT em outubro de 2024, mas a obra foi impactada por problemas técnicos, alterações no projeto, dificuldades administrativas e disputas entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá. Segundo a entidade, entre outubro de 2022 e 28 de janeiro de 2024, 84,3% do escopo contratado não foi executado. Entre janeiro de 2024 e 13 de outubro de 2024, o percentual caiu para 59,1%, levando a um novo prazo de conclusão estendido para 9 de novembro de 2025.
Mendes destacou que a equipe técnica do governo segue avaliando a situação e que, caso o consórcio não apresente condições de acelerar o ritmo das obras, o contrato poderá ser rescindido. “Se a empresa não nos der garantias de que vai tocar as obras num ritmo diferente, o contrato será rescindido. Vão ter que garantir aporte de recursos, quitação de todos os fornecedores em atraso. Se não provarem, vamos tomar o caminho mais dolorido”, afirmou o governador.
Fonte: Olhar Direto