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Política

Marco Aurélio Mello critica Lewandowski na Justiça: ‘Brasil bagunçado’, diz o magistrado

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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse que a escolha de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça e Segurança Pública “é o Brasil desarrumado”.

Marco Aurélio proferiu a declaração em entrevista ao site Poder360, também nesta quinta-feira. Na conversa, o ex-ministro criticou a decisão de Lula de substituir o Flávio Dino, que irá assumir a cadeira de ministro na .

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“O caminho deve ser inverso — do Ministério da Justiça para o Supremo”, criticou o ex-ministro do STF. “Um ministro aposentado ser auxiliar do da República, demissível a qualquer momento? Isso não passa pela minha cabeça. Mas, paciência, é o Brasil desarrumado.”

Marco Aurélio assumiu a vaga ao STF em 1990, depois de ser indicado pelo então presidente, Fernando Collor de Melo. Lewandowski assumiu uma cadeira no Supremo em 2006, por indicação de Lula. Ambos foram colegas por cerca de 15 anos, até Marco Aurélio se aposentar, em 2021.

Lula anuncia Lewandowski como novo ministro da Justiça

O nome de Lewandowski como novo ministro da Justiça e Segurança Pública foi divulgado depois de uma reunião entre Lula, Lewandowski e o atual ministro da pasta, Flávio Dino, no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Hoje é um dia muito feliz para mim, porque estou diante de um companheiro [Dino] que está prestando um serviço extraordinário ao país e à Justiça, que o Congresso aprovou para que ele seja, em 22 de fevereiro, o novo ministro do STF”, disse Lula a jornalistas. “ também um companheiro [Lewandowski] que deixa o STF e vai ocupar a cadeira do companheiro Flávio Dino.”

O novo ministro vai tomar posse apenas em 1° de fevereiro, quando deve apresentar sua equipe para o ministério. Até lá, Dino permanece no posto. O petista afirmou ainda que não vai interferir nas escolhas do novo ministro da pasta para compor o ministério, mas que deseja conversar com Lewandowski sobre o assunto.

Lewandowski deixa contratos como advogado para ser ministro

Para Lewandowski assumir o posto de Ministro de Justiça e Segurança Pública, Também deixará de atuar como conselheiro de entidades.

Depois que deixou o STF, em abril do ano passado, Lewandowski voltou a atuar como advogado. Um mês depois de deixar a Corte, foi contratado pela J&F, companhia que controla os negócios dos irmãos Joesley e Wesley Batista, como o frigorífico JBS, o Banco Original e a fabricante de papel e celulose Eldorado Brasil.

Como advogado da J&F, um dos processos sob cuidados do ex-ministro do Supremo envolve cifras bilionárias. Lewandowski passou a representar juridicamente os interesses da família Batista em processo contra a Paper Excellence, da Indonésia. Em 2017, a J&F concordou em vender 100% dos ativos da Eldorado Brasil para a companhia asiática. O negócio envolveria o de R$ 15 bilhões.

No meio do caminho, no entanto, as duas companhias passaram a trocar acusações. No momento, a J&F é a sócia majoritária da Eldorado Brasil, com controle de 50,59% das ações. Por ora, a companhia dos irmãos Batista propõe a anulação do negócio.

Agora, ao aceitar o convite para se tornar integrante do Lula, o ex-magistrado vai ter de deixar a sociedade que tem com a mulher, no comando de um escritório de advocacia, em Brasília. Ele havia reativado o registro na Ordem dos Advogados do Brasil depois de deixar o STF.

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Leia também: “Os irmãos Batista atacam novamente”, reportagem de Eugenio Goussinsky publicada na Edição 187 da Revista Oeste

Fonte: revistaoeste

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