Durante o lançamento do “Programa Acredita”, nesta segunda-feira, 22, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou uma ação por parte de alguns ministros de Estado nas negociações com o Congresso Nacional em prol das pautas de interesse do governo federal.
“Isso significa que o [Geraldo] Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais”, disse Lula. “O [Fernando] Haddad tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias], o Rui Costa, passarem uma parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B.”
Na ocasião, Lula citou como exemplo a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, aprovada em dezembro de 2022, durante o governo Bolsonaro, que permitia ao novo governo aumentar em R$ 145 bilhões o teto de gastos para bancar despesas como o Bolsa Família, o Auxílio Gás e a Farmácia Popular.
“No país em que o partido do presidente só tem 70 deputados de 513 e só tem nove senadores em 81”, destacou Lula. Na Câmara, o PT tem 68 deputados. Mas a federação, que inclui o PCdoB e o PV, tem 80 deputados. Já no Senado, o PT tem oito senadores, mas faz parte do Bloco Resistência Democrática, que possui 28 senadores.
“É difícil, mas a gente não pode reclamar, porque a política é exatamente assim”, continuou Lula. “Ou você faz assim ou não entra na política.” As declarações de Lula ocorrem em um momento de atritos entre Legislativo e Executivo.
O mandatário, porém, não citou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que foi alvo de críticas diretas por parte do presidente da Câmara dos Deputados, (PP-AL).
Nessa toada, segundo líderes da Câmara, Isso dificultaria a tramitação de pautas urgentes do governo, tendo em vista as eleições municipais que ocorrem neste ano.
Na sexta-feira 19, Lula reuniu líderes do governo no Congresso Na quarta-feira 24, o Congresso deve se reunir para analisar vetos presidenciais, incluindo os de Lula.
Lançado nesta manhã, o “Programa Acredita” possibilita a renegociação de dívidas de pequenos empresários, além de um crédito imobiliário voltado para a classe média.
Fonte: revistaoeste