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Política

Lula: Maduro não é ditador, mas de direita?

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É aviltante o papel que o Brasil está fazendo em relação ao descarado — para usar a palavra em voga — perpetrado por Nicolás Maduro na eleição presidencial venezuelana.

As relações pessoais e partidárias de Lula e do PT com o regime na Venezuela se impuseram à decência e levaram

Ao justificar a sugestão injustificável, o assessor especial de Lula foi de um cinismo espantoso até mesmo para os largos padrões petistas: ele disse que opositores venezuelanos não conseguiram provar a derrota de Nicolás Maduro e que se o seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu de verdade, que vença de novo, então.

A proposta brasileira é tão ridícula que não apenas a oposição a repeliu — afinal de contas, ela ganhou por grande margem de votos e outra eleição resultaria em nova fraudação —, como o próprio ditador a rejeitou, visto que implicaria reconhecer a sua gatunagem e ter de cometer mais uma.

No plano internacional, a posição brasileira só reforça a certeza de que, sob Lula, o país se coloca em oposto ao das democracias ocidentais, como se disso pudesse extrair grande proveito. Na verdade, só nos torna ainda mais um gigante sul-americano de desimportância.

venezuCandidato da oposiç;ão, Edmundo González venceu as eleições na Venezuela, segundo organização | Foto: Divulgação/Comando Con Vzla y José Altuveela
Candidato Da Oposiç;Ão, Edmundo González Venceu As Eleições Na Venezuela, Segundo Organização | Foto: Divulgação/Comando Con Vzla Y José Altuve

Internamente, a falta de atitude em relação à Venezuela causa desgastes ao presidente da República, mas Lula acha sempre que pode mudar a realidade e a percepção dela no gogó.

— ainda —, Lula fez um malabarismo para dizer que “Acho que a Venezuela vive um regime muito desagradável. Não acho que é ditadura, é diferente de ditadura, é um governo com viés autoritário, mas não é uma ditadura como conhecemos em vários paí do mundo.”

O “regime desagradável” (só falta Lula dizer que é Nicolás Maduro é de direita, assim como decretaram jornalistas) fez com que mais de seis milhões de venezuelanos saíssem do país, em busca de condições mínimas de sobrevivência e de liberdade.

Mais: o “regime desagradável” sequestrou opositores e prendeu mais de 1,2 mil pessoas que protestaram contra a fraude eleitoral. E avisou que prepara duas prisões de segurança máxima para receber mais venezuelanos.

As forças de segurança do “regime desagradável” contam com esquadrões da  que já assassinaram milhares de opositores, segundo o Alto Comissariado para Direitos Humanos da ONU.

O ditador Nicolás Maduro do “regime desagradável” protagoniza um teatro grotesco no qual Lula finge ser o personagem antagonista, mas é somente o bobo da Corte.

Fonte: revistaoeste

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