Com um sorriso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que não “vá atrás dessa nova experiência que surgiu pelo continente”. Ou seja, o novo governo da Argentina, que elegeu Javier Milei.
Lula fez o comentário ao vivo no programa Conversa com o Presidente, em seu canal no YouTube. O ministro da Fazenda foi o convidado desta terça-feira, 21. O contexto da declaração era, segundo o líder petista, “o grau de responsabilidade que as pessoas estão depositando nas costas do Brasil”.
Em seguida, Lula ressalta a ligação que fez para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta segunda-feira, 20. O seu objetivo era aprovar o acordo com o Mercosul já sob seu governo, em virtude das incertezas com a nova liderança argentina.
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Depois disso, Haddad é citado quando Lula diz que “ele viaja o mundo para discutir, para saber experiências”. Então, ironiza: “só espero que não vá atrás dessa nova experiência que surgiu por aqui pelo continente”, em referência a Milei.
“Poupança” para estudantes e inchaço da máquina pública
Na mesma live, o chefe do Executivo prometeu presentear estudantes do ensino médio de escolas públicas com uma “poupança”. O novo programa de distribuição de renda do governo federal será lançado na próxima semana.
Segundo o petista, o objetivo seria “dar mais ânimo para o aluno estudar”. Lula adiantou que “é uma poupança em que o estudante, no final do ano, no final dos estudos, vai retirar o dinheiro para fazer o que quiser”.
O governo deve destinar um orçamento de até R$ 4 bilhões por ano, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. O montante vai depender das restrições fiscais. Em nenhum momento, porém, Lula explicou de onde tiraria os recursos para a implantação dessa “poupança”, e como ela afetaria os pagadores de impostos.
O presidente avisou na transmissão que abrirá novos concursos públicos. A sua ideia é preencher cargos que julgue necessários para os ministérios; dos 23, Lula já criou outros 16 nesse quase um ano de governo, um aumento de 70% no número de ministérios.
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Apesar da decisão de manter o governo enxuto, o presidente reclamou do insuficiente quadro de funcionários na Esplanada dos Ministérios. E, com a realização de mais concursos, ele propôs inchar ainda mais a máquina pública do Executivo federal.
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Fonte: revistaoeste