Durante seu pronunciamento oficial de Natal, o Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a necessidade de união entre os brasileiros em detrimento das diferenças políticas.
O petista lembrou ainda dos atos de vandalismo que aconteceram em 8 de janeiro deste ano e ressaltou políticas públicas de sua gestão, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
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Apesar de ter pedido que o “Brasil abrace o Brasil”, ao longo deste ano, Lula e seus aliados políticos acumularam declarações contraditórias e diferentes da que foi feita ontem.
Principais nomes da operação Lava Jato, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR), por exemplo, foram alvos de comentários negativos e, até mesmo, pejorativos por parte de membros do governo.
O mesmo ocorreu com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com o agronegócio.
Relembre algumas declarações de Lula e de aliados ao longo deste ano
Em 21 de março, em entrevista ao site Brasil247, o petista disse que quando estava preso, queria “foder” Moro. “De vez em quando um procurador entrava lá de sábado, ou de semana, para visitar, se estava tudo bem”, contou Lula. “Entrava 3 ou 4 procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava ‘não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu foder esse Moro’.”
Em 11 de maio, , ao comentar o fato de que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não ter ido à Agrishow.
“Tem a famosa feira da agricultura em Ribeirão Preto, que alguns fascistas, alguns negacionistas, não quiseram que ele [ministro da Agricultura], fosse na feira. Desconvidaram meu ministro”, disse Lula. O petista, contudo, estava errada. Fávaro foi convidado para ir à feira, mas não foi, pois Bolsonaro iria ao evento.
Em uma cerimônia realizada em Salvador, na Bahia, em 11 de maio, o petista chamou ACM Neto de “grampinho” e acirrou os ânimos com membros do União Brasil no Congresso Nacional.
O apelido surgiu nos anos 2000 quando o avô de ACM Neto, então senador Antônio Carlos Magalhães, foi investigado ao ser acusado de comandar um esquema de grampos telefônicos ilegais na Bahia.
Em 16 de agosto, Lula chamou Bolsonaro, maior cabo eleitoral da direita, de “fascista e genocida”. “A única razão pela qual eu voltei a ser presidente da República, tirando aquele fascista, genocida do poder, foi para provar a esse país e ao mundo que esse país tem condição de tratar seu povo com respeito”, disse o presidente.
Em 21 de julho, o PT publicou uma nota em que chamada o presidente do BC de “lacaio do sistema financeiro” e comparou as atitudes do economista aos atos de vandalismo que aconteceram em 8 de janeiro.
Em 17 de maio, a . Quando Dallagnol coordenava a força-tarefa da operação, ele apresentou um gráfico no PowerPoint, onde Lula era apontado como a figura central de um esquema de corrupção.
Fonte: revistaoeste