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Política

Lula afirma que é necessário reformar a ONU, que está enfraquecida

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voltou a defender a reformulação da Organização das Nações Unidas (ONU). Declarou ser necessário “mudar” o Conselho de Segurança e acabar com o de veto dos cinco países permanentes — China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.

“A geopolítica de 1945 é muito diferente da geopolítica que vivemos em 2025”, disse Lula. “Então, a ONU precisa mudar para ser reformada. É preciso mudar o Conselho de Segurança, acabar com o direito de veto, colocar mais países africanos, além de mais países da América Latina e países asiáticos.”

O petista disse não ter “explicação” para que países “do tamanho” da Alemanha, da Nigéria, da África do Sul, da Etiópia, do Egito não participem do conselho. “Não tem explicação que o Brasil não participe, que o México não participe e outros países da América Latina”, declarou.

“Então, nós queremos fazer essa discussão, porque somente uma ONU fortalecida tem força para trabalhar mais a paz e menos a guerra. Veja que você tem agora esse conflito na região de com o governo de Israel. Já morreram mais de 40 mil crianças e mulheres. Fora os desaparecidos, que ainda não foram encontrados”, sinalizou. 

Nesse sentido, Lula afirmou que a ONU está “enfraquecida” internacionalmente. “Mesmo uma decisão da ONU não é cumprida. Veja a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Essa guerra não precisaria ter existido. O que falta é a ONU ser forte para fazer as discussões necessárias”, afirmou.

“Ao mesmo tempo, a gente está colocando uma discussão profunda as instituições de Bretton Woods. É preciso que a gente mude o funcionamento das instituições que deveriam existir para fazer financiamento aos países mais pobres e não funcionam”, argumentou.

Lula disse querer priorizar esses assuntos com o Brasil a assumir, pela primeira vez, a presidência do G20, assim como país membro do Brics. Afirmou que para mudar o cenário atual é preciso “apenas ter vontade política e disposição”.

Donald Trump e Kamala Harris disputam a cadeira presidencial dos EUA nesta terça-feira, 5 | Foto: Brendan McDermid & Evelyn Hockstein/Reuters
Lula também falou sobre a entre Donald Trump e Kamala Harris pela presidência dos EUA | : Brendan McDermid & Evelyn Hockstein/Reuters

Durante sua entrevista ao canal francês TF1, na última sexta-feira, 1º, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Também deu a entender que a vitória de Donald Trump seria a ascensão do “fascimo” e do “nazismo” no país.

O petista afirmou que, com Kamala Harris “ganhando as eleições, é muito mais seguro a gente fortalecer a democracia nos Estados Unidos”. Apesar do medo da vitória de Donald Trump, teceu críticas ao modelo de governo do republicano. 

“Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, ou seja, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que era impensável acontecer nos Estados Unidos, porque os Estados Unidos se apresentavam ao mundo como um modelo de democracia. E esse modelo ruiu”, argumentou.

O presidente brasileiro disse que, depois desse episódio nos EUA, se identificou um “ódio destilado todo santo dia”. “Temos as mentiras destiladas todo santo dia, não apenas nos Estados Unidos, mas na Europa, na América Latina, em vários países do mundo”, declarou. 

Fonte: revistaoeste

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